
A nova versão do Mecanismo Especial de Devolução (MED), ferramenta criada para rastrear e recuperar valores desviados por golpes no Pix, começou a operar neste domingo. A atualização permitirá que instituições financeiras acompanhem o caminho completo do dinheiro utilizado em fraudes, ampliando as possibilidades de bloqueio e devolução.
Por enquanto, a adoção do novo sistema é facultativa. No entanto, todas as instituições participantes do Pix serão obrigadas a utilizá-lo a partir de 2 de fevereiro de 2026, conforme o Banco Central.
Lançado em 2021, o MED permitia o bloqueio do valor apenas na primeira conta que recebia o dinheiro fraudado. Na prática, o modelo se mostrou limitado, já que golpistas rapidamente transferiam os valores para outras contas, dificultando a recuperação.
Com o aprimoramento, o mecanismo passa a identificar “caminhos possíveis dos recursos”, rastreando operações sucessivas realizadas após a fraude. Essas informações serão compartilhadas entre as instituições envolvidas, permitindo bloqueios mais eficientes e a devolução do dinheiro em até 11 dias após a contestação feita pelo cliente.
Botão de contestação facilita o processo
Desde 1º de outubro, o Pix conta também com o botão de contestação, integrado ao MED. A ferramenta pode ser acionada diretamente no aplicativo do banco sempre que o usuário identificar uma transação realizada por fraude, golpe ou coerção.
O objetivo do Banco Central é simplificar o pedido de análise, dispensando contato com atendimento humano e acelerando o bloqueio dos valores envolvidos. A expectativa é que as vítimas consigam recuperar o dinheiro com maior rapidez.

