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NACIONAL

PF faz operação contra fraudes no INSS e mira sindicato ligado a irmão de Lula

Ação investiga descontos ilegais em aposentadorias; entre os alvos estão o Sindnapi e a entidade Amar Brasil, que movimentou R$ 300 milhões

9 outubro 2025 - 09h45Redação
Sindicato ligado ao irmão de Lula e entidade que recebeu milhões em descontos estão entre os alvos da operação da PF
Sindicato ligado ao irmão de Lula e entidade que recebeu milhões em descontos estão entre os alvos da operação da PF - Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Nova fase da investigação sobre fraudes em aposentadorias do INSS colocou novamente sindicatos e entidades no centro de um esquema milionário. Nesta quinta-feira (9), a Polícia Federal cumpriu 66 mandados de busca e apreensão em oito estados e no Distrito Federal, por determinação do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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A operação tem como foco principal o desconto irregular de valores em benefícios pagos a aposentados e pensionistas. As entidades investigadas são acusadas de usar dados dos beneficiários sem autorização para aplicar os descontos e repassar os recursos a organizações suspeitas.

Entre os alvos da operação estão:

Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), com sede em São Paulo, vinculado a José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula;

O diretor do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho;

A entidade Amar Brasil, que movimentou cerca de R$ 300 milhões com os descontos irregulares.

Mandados foram cumpridos em:

São Paulo (45)

Sergipe (12)

Amazonas (1)

Rio Grande do Norte (1)

Santa Catarina (2)

Pernambuco (2)

Bahia (2)

Distrito Federal (1)

Esquema começou a ser investigado em abril - As investigações tiveram início em abril deste ano, quando a primeira fase da operação foi deflagrada. A PF apura o uso indevido de dados pessoais de aposentados para aplicar descontos em seus contracheques, sem o consentimento deles.

Segundo o inquérito, os envolvidos criaram mecanismos para ocultar e espalhar os valores desviados, dificultando o rastreamento do dinheiro.

Quem mais está na mira

Entre os principais nomes investigados pela Polícia Federal estão:

Antônio Carlos Camilo, apelidado de "careca do INSS", apontado como lobista do esquema;

Maurício Camisotti, empresário ligado a entidades que teriam operado os descontos ilegais.

Ambos negam qualquer envolvimento com as irregularidades.

A operação desta quinta aprofunda a apuração sobre como sindicatos e associações teriam servido como fachada para captar recursos diretamente das aposentadorias, em muitos casos sem que os beneficiários sequer soubessem dos descontos.

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