
Os contratos futuros do petróleo encerraram a sessão desta sextafeira (21) em baixa, pressionados por temores de sobreoferta no mercado e pelo arrefecimento dos prêmios de risco com os avanços nas negociações para encerrar o conflito entre Rússia e Ucrânia.
O barril de Petróleo WTI para janeiro na Bolsa de Nova York (Nymex) caiu 1,59% (−US$0,94), fechando a US$58,06. Já o barril de Petróleo Brent para o mesmo vencimento na ICE de Londres recuou 1,29% (−US$0,82), cotado a US$62,56. Na semana, os recuos foram de 3,37% e 2,84%, respectivamente.
Em seu terceiro dia consecutivo de perdas, o mercado operou com volatilidade moderada, mas com tendência de baixa desde o início da sessão. Apesar das novas sanções dos Estados Unidos a empresas petrolíferas russas entrarem em vigor nesta sexta, investidores permanecem focados no risco de excesso de oferta.
Analistas destacam que a persistência desse cenário dependerá de dados futuros: “Dados importantes surgirão nas próximas semanas, à medida que observarmos o destino dos barris sancionados e a disposição dos EUA em aplicar as sanções”, observam especialistas da DNB Bank.
A Spartan Capital aponta outro fator de pressão: os planos do presidente Donald Trump de intensificar perfurações de poços de petróleo nos EUA. “Vemos a queda de hoje como um momento potencialmente decisivo para o petróleo. Se as vendas se intensificarem, os preços podem cair mais 5%”, disseram os estrategistas.
Além disso, os avanços potenciais no diálogo entre Rússia e Ucrânia contribuem para reduzir os prêmios de risco no setor. O banco Commerzbank observou que “o mercado avalia cada vez mais o impacto de uma redução nas incertezas geopolíticas”.

