
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) confirmou que os trabalhadores do setor entrarão em greve nacional a partir da zero hora da próxima segunda-feira, 15 de dezembro. A paralisação foi definida após rejeição da segunda contraproposta apresentada pela Petrobras no processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/2025.
A estatal afirma que permanece aberta ao diálogo e respeita o direito de manifestação dos trabalhadores. Em nota, garantiu que, se necessário, adotará medidas de contingência para garantir a continuidade das operações durante o movimento paredista.
Segundo a FUP, o impasse com a Petrobras gira em torno de três pontos considerados essenciais: a resolução dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros — fundo de pensão dos funcionários da companhia —, melhorias no plano de cargos e salários, e garantias de recomposição salarial sem a aplicação de mecanismos de ajuste fiscal.
Os sindicalistas argumentam que os temas estão sendo discutidos há mais de três anos sem avanços concretos. A categoria também critica o que classifica como falta de soluções efetivas por parte da Petrobras para outras pendências acumuladas ao longo do processo de negociação coletiva.
"Não se trata apenas de uma pauta econômica. É uma greve em defesa dos trabalhadores e da própria Petrobras como empresa pública estratégica para o País", declarou a FUP em comunicado.
Desde quinta-feira, petroleiros montaram um acampamento em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro, como forma de pressão. A estatal, por sua vez, reforça que mantém um canal de diálogo permanente com as entidades sindicais, independentemente das manifestações externas.
A empresa não entrou em detalhes sobre as propostas recusadas, mas ressaltou que continua disposta a negociar para buscar uma solução consensual.
A paralisação promete afetar diversas unidades operacionais e administrativas da Petrobras em todo o País, caso a negociação não avance até o início da próxima semana.

