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ECONOMIA

Petrobras deve anunciar projetos relevantes de transição energética, incluindo etanol

Executivo da estatal afirma que biocombustíveis são prioridade na estratégia para economia de baixo carbono

24 junho 2025 - 17h20Denise Luna e Gabriela da Cunha
Petrobras
Petrobras - (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Petrobras deve anunciar no segundo semestre projetos relevantes ligados à transição energética, incluindo etanol, informou nesta terça-feira, 24, o gerente executivo de Gestão Integrada da Transição Energética da estatal, William Nozaki. O executivo, um dos nomes que haviam sido especulados para substituir o ex-diretor da área Maurício Tolmasquim, comentou o assunto após participar da abertura do Energy Summit 2025, evento em parceria com o Estadão.

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Nozaki disse que a empresa tem conversado com os principais operadores do segmento de etanol, já que pretende ter um papel relevante nesse mercado, eleito pela atual presidente da companhia, Magda Chambriard, como uma das opções para crescer na economia renovável, assim como o biodiesel e o biometano.

"O objetivo da Petrobras é ter uma atuação relevante nesse segmento em função do combustível do futuro e do aumento dos mandatos. Então, para a agenda de transição energética, o etanol e os biocombustíveis são prioridade. Agora, é claro, também os projetos de energia renovável estão andando", disse Nozaki.

O executivo disse que não tem informações sobre uma possível nomeação para o cargo de Tolmasquim, hoje acumulado pelo diretor de Processos Industriais e Produtos, William França, e que achou natural haver especulações com o seu nome, já que participou de Grupos de Trabalho do atual governo do PT sobre transição energética. "A minha missão é manter as coisas funcionando na transição energética", afirmou.

Ele destacou que a Petrobras quer ter um papel relevante no setor de etanol, mas sendo acionista minoritária da futura parceria, para agilizar os trabalhos. Segundo ele, ainda não foi decidido se o etanol que a Petrobras irá produzir será de milho ou cana de açúcar. "A gente não desconsidera nenhuma das matérias-primas. Tanto a cana quanto o milho nos interessam, desde que o projeto pare de pé, do ponto de vista logístico, do ponto de vista do preço, do ponto de vista da economicidade para a Petrobras", explicou.

Nozaki disse ainda que, apesar de não haver planos imediatos para a instalação de usinas eólicas offshore, uma das prioridades da gestão anterior da Petrobras no segmento renovável, os projetos ainda estão na mira da estatal, mas provavelmente este ano devem ser anunciados apenas a geração eólica em terra. "A gente está priorizando o onshore (terra) nesse primeiro momento por entender que o offshore (mar) ainda precisa de uma maturidade econômica e regulatória maior", afirmou.

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