
Os consumidores sentiram um leve alívio no bolso em setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que compõe o IGP-10 da Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou deflação de 0,13% no mês, após uma alta de 0,18% em agosto. A retração foi puxada principalmente pelas quedas nos preços das passagens aéreas, alimentos e combustíveis.

Entre os principais itens que contribuíram para o recuo estão as passagens aéreas (-5,59%), o tomate (-13,09%), a gasolina (-0,41%) e atividades de lazer como cinema (-13,53%). Produtos de cuidados pessoais, como protetor solar (-5,58%), também ajudaram na desaceleração.
De acordo com a FGV, cinco das oito categorias analisadas apresentaram variação menor que no mês anterior. O grupo Saúde e Cuidados Pessoais foi o que mais desacelerou, passando de 0,78% para 0,02%. Habitação também recuou de 0,49% para 0,07%, assim como Despesas Diversas (de 1,30% para -0,14%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,09% para -0,70%) e Alimentação (de -0,26% para -0,37%).
Por outro lado, algumas categorias tiveram leve avanço. Transportes reduziram a queda, passando de -0,27% para -0,03%. Vestuário saiu de 0,04% para 0,21%, e Comunicação variou de -0,01% para 0,05%.
Apesar da deflação, alguns produtos e serviços apresentaram alta e pressionaram o índice. Entre eles estão refeições em bares e restaurantes (0,84%), plano de saúde (0,46%), banana prata (4,78%), ônibus urbano (1,07%) e o licenciamento veicular, como o IPVA (0,42%).
O IPC-10 mede a variação de preços para o consumidor e é uma das três componentes do Índice Geral de Preços (IGP-10), referência importante para contratos e reajustes em diversos setores da economia.
