
Os governos do Paraná e de Goiás se destacam na gestão fiscal entre os pré-candidatos à Presidência em 2026, superando São Paulo, de acordo com levantamento do Broadcast Político, baseado em dados da Secretaria do Tesouro Nacional. O ranking fiscal comparou endividamento, despesa com pessoal, liquidez, investimentos públicos e desempenho de superávit e déficit primários.

O Paraná lidera com nota máxima Capag A+, mantendo despesas com pessoal abaixo do limite prudencial nos últimos três anos: 40,68% em 2022, 43,23% em 2023 e 42,71% em 2024. Recentemente, o governador Ratinho Jr. assinou decreto para reduzir R$ 2,3 bilhões em gastos não essenciais, potencialmente beneficiando o indicador de Poupança Corrente.
Goiás apresenta queda na relação entre dívida consolidada e Receita Corrente Líquida, passando de 65% em 2024 para previsão de 61,3% em 2027, aproximando-se do limite para Capag A. Nos dois primeiros bimestres de 2024, o Estado obteve classificação A nos três indicadores de ajuste fiscal do Tesouro.
São Paulo mantém nota B, mesmo com a maior dívida do país (R$ 292,9 bilhões). O Estado se destaca pela capacidade de gerar receitas e atrair investimentos, incluindo parcerias público-privadas, como a Sabesp, embora essas operações não contem diretamente para o Capag.
Minas Gerais e Rio Grande do Sul enfrentam quadro fiscal mais delicado, com dívidas bilionárias e medidas excepcionais de postergação ou pagamento suspenso pela União devido a decisões judiciais ou calamidades públicas.
Especialistas alertam que o discurso fiscal rígido e a ênfase em privatizações podem não ter apelo eleitoral junto à população. Segundo o cientista político Eduardo Grin, estratégias simplificadas, como focar em gastos excessivos e privilégios, tendem a ser mais compreendidas pelos eleitores do que discussões complexas sobre privatizações.
