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18 de dezembro de 2025 - 13h30
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IBGE

Número de entidades sem fins lucrativos cresce em MS e chega a mais de 9 mil

Campo Grande concentra um terço das organizações; maioria atua em áreas religiosas e culturais

18 dezembro 2025 - 10h30Carlos Guilherme
Número de entidades sem fins lucrativos cresce em MS e chega a mais de 9 mil; maioria é religiosa e de pequeno porte.
Número de entidades sem fins lucrativos cresce em MS e chega a mais de 9 mil; maioria é religiosa e de pequeno porte. - (Foto: Imagem ilustrativa/A Crítica)

O número de fundações e associações sem fins lucrativos continua em expansão em Mato Grosso do Sul. Segundo dados divulgados hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado contabilizou 9.136 entidades em 2023, um crescimento de 4,8% em relação ao ano anterior. Isso representa 418 novas organizações em apenas um ano.

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Essas instituições, conhecidas como Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil (Fasfil), abrangem desde entidades religiosas até organizações de cultura, assistência social e defesa de direitos. O levantamento mostra que a maior parte delas é de pequeno porte, sem funcionários contratados formalmente.

Campo Grande concentra um terço das entidades - Campo Grande segue como o principal polo do setor, reunindo 33,6% das entidades do Estado, o equivalente a pouco mais de 3 mil organizações. Em seguida aparecem Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã e Corumbá.

Essas cinco cidades lideram o ranking e refletem a concentração populacional e econômica de Mato Grosso do Sul.

As organizações de caráter religioso representam a maior parte das Fasfil em MS, somando 41,5% do total. Em segundo lugar vêm as ligadas à cultura e recreação, com cerca de 16%. Outros segmentos de destaque são assistência social, associações de produtores e profissionais, e defesa de direitos.

Essas entidades costumam ter papel importante em ações comunitárias, projetos sociais e atividades culturais em todo o Estado.

Mesmo com o crescimento, a maioria das Fasfil funciona sem empregados fixos. Em 2023, 85% das entidades não tinham nenhum funcionário registrado. Ainda assim, o setor empregava 37 mil pessoas, um aumento de 6% em comparação com 2022.

Grande parte dos profissionais trabalha nas áreas de saúde, educação e assistência social, setores que concentram a maior parte dos postos formais.

As mulheres representam 66% da força de trabalho nessas entidades, embora ainda recebam salários ligeiramente menores que os homens. O rendimento médio mensal foi de R$ 2.933, com diferença de cerca de 6% entre gêneros.

Além disso, quase um terço dos trabalhadores possui ensino superior, percentual bem acima da média das empresas privadas no Estado.

O IBGE aponta que o número de organizações vem crescendo há décadas. Mais da metade das Fasil de Mato Grosso do Sul foi criada entre 1971 e 2010, e o ritmo de expansão se manteve mesmo nos últimos anos, apenas em 2023, 444 novas entidades foram fundadas.

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