A Neoenergia entregou mais uma etapa do projeto de transmissão Alto Paranaíba, que conecta Minas Gerais a São Paulo. O empreendimento corresponde ao lote 2 do leilão de transmissão nº 1 de 2022, com investimentos estimados em R$ 4,937 bilhões, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A fase inaugurada contempla uma linha de transmissão de 500 kV, com 794 torres e 214 km de extensão, entre as subestações Arinos II e Paracatu IV, além da ampliação dessas unidades, que receberam 819 MVAR (Megavolt-Ampere Reativo).
Impacto no escoamento de energia renovável
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirmou a conclusão dos testes de energização da linha na última sexta-feira (29). Segundo o órgão, a nova estrutura vai melhorar o escoamento da geração renovável no norte de Minas Gerais e na Região Nordeste, reforçando a segurança e a integração do sistema elétrico.
De acordo com a Neoenergia, o objetivo é aumentar a capacidade de transmissão entre Minas e São Paulo diante da expansão das fontes renováveis.
Próximas etapas do projeto
O projeto Alto Paranaíba inclui ainda três linhas adicionais:
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Paracatu 4 – Nova Ponte 3 (291 km);
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Nova Ponte 3 – Araraquara 2 (307 km);
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Araraquara 2 – Araraquara (11 km), além da subestação Nova Ponte 3.
Há também conexões de 36 km entre Nova Ponte 3 e a linha Itumbiara – Nova Ponte.
A Neoenergia informou que todas as etapas devem ser entregues até o fim de 2025, com previsão de gerar uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 403 milhões. Atualmente, 2% desse valor já foi liberado.
Investimentos e outros projetos
A Neoenergia venceu o leilão oferecendo deságio de 55,33% em relação à RAP máxima definida pela Aneel. Além do Alto Paranaíba, a companhia trabalha em outros três projetos de transmissão: Vale do Itajaí, Guanabara e Morro do Chapéu.
No mês passado, a empresa iniciou a operação do trecho Poções III/Medeiros Neto II, na Bahia, que integra o Morro do Chapéu. Somente no primeiro semestre de 2025, os investimentos em linhas e subestações somaram cerca de R$ 1,9 bilhão.
