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QUEDA NO VAREJO

MS registra uma das maiores quedas nas vendas do varejo no país, aponta levantamento

Estado teve recuo de 6,5% em relação ao mesmo período do ano passado e ocupa a terceira pior posição entre todas as unidades federativas

22 julho 2025 - 09h20Iury de Oliveira
Varejo de MS
Varejo de MS - (Foto: Álvaro Rezende)
Terça da Carne

Mato Grosso do Sul registrou a terceira maior retração nas vendas do varejo entre os estados brasileiros, com queda de 6,5% no comparativo anual, segundo levantamento da empresa Stone. O estudo mostra que a maioria do país enfrenta dificuldades no setor: 23 estados apresentaram desempenho negativo, enquanto apenas quatro tiveram crescimento.

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O maior tombo foi observado no Rio Grande do Sul, que amargou uma redução de 14% nas vendas. Em segundo lugar aparece o Amazonas, com recuo de 7%. Mato Grosso do Sul vem logo em seguida, com desempenho pior do que o de regiões tradicionalmente afetadas por oscilações econômicas, como Rio Grande do Norte (-6,1%) e Maranhão (-4,8%).

Outros estados com quedas expressivas foram o Distrito Federal (-4,9%), Paraná (-4,7%), Santa Catarina (-4,6%) e Rio de Janeiro (-4,1%). Também apresentaram desempenho negativo: Ceará (-3,6%), Mato Grosso e Piauí (-2,3%), São Paulo (-2,2%), Bahia (-1,9%), Minas Gerais (-1,7%), Espírito Santo (-1,6%), Goiás (-1,4%), Pará (-1,1%), Rondônia (-1%), Acre (-0,8%), Sergipe (-0,5%) e Paraíba (-0,4%).

Apesar do cenário majoritariamente negativo, alguns estados conseguiram registrar crescimento nas vendas. O destaque foi o Amapá, com alta de 4,5%. Em seguida vêm Tocantins (3,8%), Roraima (3,7%) e Pernambuco (0,4%), que fechou o ranking com saldo positivo, mas tímido.

O cenário contrasta com o resultado de 2023. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as vendas no comércio varejista de Mato Grosso do Sul encerraram o ano passado com alta de 5,4%, o que revela uma reversão significativa no comportamento do consumo em 2024.

Quando se considera o varejo ampliado — que engloba, além dos itens do comércio tradicional, setores como veículos, autopeças, material de construção e atacado de alimentos, bebidas e fumo — a situação também não é favorável. No Mato Grosso do Sul, a variação com ajuste sazonal registrou queda de 2,2%. Já na série sem ajuste sazonal, o recuo foi de 0,9%, encerrando o ano com redução acumulada de 1,4%.

Os dados reforçam o desafio do setor varejista em 2024, principalmente frente a fatores como a inflação persistente, o endividamento das famílias e o aperto no crédito ao consumidor. Com o desempenho atual, o estado se junta ao grupo das unidades federativas que mais sentem os efeitos da desaceleração do consumo, sinalizando um ano difícil para empresários e trabalhadores do setor.

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