Cinco plantas frigoríficas de Mato Grosso do Sul receberam autorização da Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) para exportar carnes para a China. Essa habilitação, confirmada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na terça-feira (12), representa um marco para a economia do Estado.
As empresas Prima Foods S.A., em Cassilândia; Marfrig Global Foods S.A., em Bataguassu; JBS S/A, em Campo Grande e Naviraí; e Boibrad Industrial e Comércio de Carnes e Sub-Produtos Ltda, em São Gabriel do Oeste, estão agora capacitadas para suprir a demanda crescente por proteína animal na China, consolidando a posição de Mato Grosso do Sul como um dos principais exportadores de carne bovina do país.
O secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Semadesc), enfatizou o impacto significativo dessa habilitação para os produtores locais, destacando a expectativa de melhoria nos preços internos e no volume das exportações. "A inserção dessas plantas no mercado chinês não só impulsionará a balança comercial do estado mas também reforçará a estrutura de preços internos, beneficiando o setor agropecuário como um todo", revela.
A China se mantém como o principal destino das exportações de proteína sul-mato-grossense, absorvendo 25,83% da receita, seguida por importantes mercados como Chile e Estados Unidos. Nos últimos cinco anos, a receita com a comercialização da carne bovina para o exterior cresceu 29%, enquanto o volume teve um acréscimo de cerca de 3,03% no mesmo período.
A habilitação das novas plantas frigoríficas é resultado de esforços conjuntos do governo estadual e federal, incluindo missões diplomáticas e solicitações diretas ao governo chinês, visando ampliar o número de estabelecimentos autorizados a exportar. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, celebrou o anúncio como um marco histórico na relação comercial Brasil-China, enfatizando os benefícios mútuos dessa parceria para os dois países.
No contexto nacional, um total de 38 plantas frigoríficas foram habilitadas para o mercado chinês, evidenciando a força do agronegócio brasileiro e a confiança depositada pelos parceiros internacionais na qualidade e na segurança dos produtos nacionais.
