
Mato Grosso do Sul consolida sua posição como um dos principais polos da indústria de celulose no Brasil. Até 2028, o Estado deverá criar cerca de 25 mil novos postos de trabalho para atender à expansão de gigantes como Arauco, Bracell, Suzano e Eldorado, segundo estimativa da Federação das Indústrias de MS (Fiems).

O “Vale da Celulose” já abriga duas linhas de produção da Suzano e uma da Eldorado em Três Lagoas, além de outra unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo. A nova fase de crescimento inclui a instalação da fábrica da Arauco em Inocência e da Bracell em Bataguassu, com investimentos bilionários e impacto direto na economia regional.
O Projeto Sucuriú, da Arauco, receberá R$ 28,3 bilhões e terá capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas anuais. Serão 14 mil empregos temporários no pico da construção e 6 mil permanentes na operação. Em Bataguassu, a Bracell investirá R$ 16 bilhões, com previsão de gerar 12 mil vagas temporárias e 2 mil definitivas.
A demanda por mão de obra qualificada impulsiona programas de capacitação em parceria com Senai, Senac, Sebrae, Famasul e Senar. Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, a articulação entre empresas, governo e instituições de ensino é estratégica para garantir que os empregos sejam preenchidos por trabalhadores do próprio Estado.
Segundo o diretor-executivo da Reflore-MS, Dito Mario, a expansão representa oportunidade única para diversificar a base econômica e ampliar a geração de renda. “Com união de esforços, poderemos transformar a demanda do setor em um motor de desenvolvimento para todo o Mato Grosso do Sul”, afirma.
O movimento coloca o Estado em posição de destaque não apenas na produção de celulose, mas também na atração de novos negócios, fortalecendo a logística e a infraestrutura industrial na região Centro-Oeste.
