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15 de dezembro de 2025 - 09h05
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PARALISAÇÃO

Motoristas de ônibus iniciam greve em Campo Grande nesta segunda-feira

A expectativa de passageiros e comerciantes é de transtornos ao longo de toda a semana, especialmente nos horários de pico.

15 dezembro 2025 - 07h05Carlos Guilherme
Acordo entre Consórcio Guaicurus e trabalhadores do transporte público garante aumento e evita paralisação em Campo Grande
Acordo entre Consórcio Guaicurus e trabalhadores do transporte público garante aumento e evita paralisação em Campo Grande - (Foto: Arquivo)

Motoristas e trabalhadores do transporte coletivo urbano de Campo Grande iniciam, nesta segundafeira (15), uma greve que vai interromper grande parte das operações de ônibus na cidade. A mobilização, que vinha sendo anunciada na semana passada, acontece em meio a tensões financeiras entre o Consórcio Guaicurus - responsável pelo serviço -, os empregados e a administração municipal.

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A expectativa de passageiros e comerciantes é de transtornos ao longo de toda a semana, especialmente nos horários de pico.

A categoria afirma que a greve é motivada por atrasos e pagamentos parciais de salários e benefícios, situação que, segundo representantes sindicais, compromete o dia a dia de centenas de famílias envolvidas na operação diária do sistema.

O que motivou a paralisação - Em nota divulgada nesta manhã, o Consórcio Guaicurus detalha a situação financeira enfrentada nos últimos meses e relaciona esse cenário à decisão de trabalhadores paralisarem as atividades a partir de hoje.

De acordo com o consórcio, a empresa pagou apenas 50% dos salários referentes ao mês de novembro de 2025, efetuados no dia 13 de dezembro. A nota oficial assinala que o pagamento parcial e o atraso não decorrem de má gestão administrativa, mas sim de dificuldades financeiras relacionadas à inadimplência do Poder Público Municipal no repasse de subsídios contratualmente previstos.

O texto do consórcio explica que, “desde 2022”, quando foi designada a tarifa técnica no quarto termo aditivo do contrato de concessão, o município deixou de efetuar repasses que somam mais de R$ 39 milhões em subsídios devidos à operação. Segundo a empresa, essa situação teria provocado uma quebra no equilíbrio econômicofinanceiro do contrato de prestação do serviço de transporte coletivo.

Ainda segundo o comunicado, o pagamento da complementação dos salários de novembro, o adiantamento de dezembro, com vencimento em 20 de dezembro de 2025, e a segunda parcela do 13º salário dependem da regularização desses repasses públicos.

O consórcio também reforça aspectos técnicos da remuneração pelo serviço de transporte coletivo, que envolve tanto a tarifa paga pelo usuário quanto a tarifa de remuneração (ou técnica) paga pelos órgãos públicos, acrescida de subsídio quando necessário. A Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos (Agereg) tem papel formal na apuração da tarifa média transportada, processando eventuais déficits tarifários,diferença entre o valor da tarifa de remuneração e o valor efetivamente cobrado do passageiro.

No comunicado à imprensa, o Consórcio Guaicurus manifesta “lamento pela situação dos trabalhadores” e afirma que está tomando “todas as medidas legais cabíveis” para assegurar o direito da população ao transporte coletivo, considerado serviço essencial.

Procurada, a Prefeitura de Campo Grande ainda não se manifestou sobre as declaração do Consórcio Guaicurus. O espaço segue aberto.

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