
Durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (15), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou estar “extremamente otimista” com a liberação ambiental para exploração de petróleo no Bloco FZA-M-59, localizado na Margem Equatorial, e operado pela Petrobras.

Segundo Silveira, o licenciamento ambiental conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está avançando com rigor técnico. A expectativa do governo é que o processo seja finalizado até 2026.
“Convidei o presidente Lula para visitar a região no ano que vem, sinalizando o compromisso com a interiorização do desenvolvimento energético e a valorização da Margem Equatorial”, disse o ministro.
Margem Equatorial: nova fronteira energética - A Margem Equatorial é apontada como uma das grandes promessas para a produção futura de petróleo no Brasil. Com reservas ainda inexploradas, a região tem despertado o interesse do setor energético, mas também gera debates sobre impactos ambientais, especialmente em áreas próximas à foz do rio Amazonas.
O licenciamento do bloco FZA-M-59, que tem sido alvo de impasses e questionamentos de órgãos ambientais e da sociedade civil, é um marco esperado para o avanço da exploração na região.
Angra 3: 'símbolo da incompetência' - Outro ponto abordado por Alexandre Silveira foi a situação da usina nuclear Angra 3, cujas obras estão paradas há anos. O ministro defendeu que o empreendimento não pode continuar como “símbolo da incompetência nacional” e deve ter sua conclusão priorizada.
“Precisamos superar essa imagem e retomar Angra 3 com responsabilidade e planejamento. O Brasil precisa diversificar sua matriz energética e garantir segurança energética para o futuro”, afirmou.
A retomada da construção da usina depende de aval do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que ainda analisa as condições econômicas e estruturais para viabilizar o projeto.
