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15 de dezembro de 2025 - 15h23
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ECONOMIA

Isenção do IR vai impulsionar economia em 2026, afirma ministra Esther Dweck

Titular da pasta de Gestão defende tributar grandes rendas e diz que Brasil cresce com redução de desigualdades

15 dezembro 2025 - 12h30Juliana Garçon
Esther Dweck defende ampliação da isenção do IR e afirma que Brasil cresce com redução das desigualdades
Esther Dweck defende ampliação da isenção do IR e afirma que Brasil cresce com redução das desigualdades - (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom)

A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou nesta segunda-feira (15) que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda contribuirá diretamente para a aceleração da economia brasileira em 2026. A medida, segundo ela, se soma a outros fatores como a possível queda da taxa de juros e o avanço nas relações comerciais com os Estados Unidos.

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Durante participação no evento "Democracia e Direitos Humanos: Empresas juntas por um Brasil mais igualitário", realizado na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, Dweck destacou que a ampliação da isenção será um passo importante para combater desigualdades, ao tributar quem tem renda elevada, mas tradicionalmente escapava da cobrança.

“A mudança no IR ajuda a reduzir desigualdades ao tributar quem ganhava muito e não pagava nada. Dizer que o Brasil não está reduzindo desigualdades é um absurdo", afirmou.

A ministra citou um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) como evidência de que o país vive um momento de crescimento com inclusão. “É a segunda vez na história do Brasil que conseguimos crescer reduzindo desigualdades, mesmo com tentativas de negar isso”, disse.

Segundo Dweck, o levantamento do Ipea utiliza diferentes indicadores para medir desigualdade e mostra uma trajetória de melhora, ainda que o Brasil siga entre os países mais desiguais do mundo.

A ministra também comentou sobre o cenário macroeconômico. Ela afirmou que a tendência é de redução da taxa básica de juros — inclusive nos Estados Unidos —, o que deve favorecer a retomada do crescimento no Brasil. “Com a inflação sob controle e em queda, a redução dos juros tende a acontecer o mais breve possível”, avaliou.

Dweck também saiu em defesa das empresas estatais, que hoje respondem por cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Ela criticou propostas de privatização e citou o apagão que atingiu a Grande São Paulo como exemplo dos riscos envolvidos.

“Bairros de classe altíssima ficaram dois dias sem luz. Imagine bairros de classe média ou baixa perdendo tudo que têm na geladeira”, disse, em referência à crise no fornecimento de energia elétrica administrado pela concessionária privada Enel.

Ao comentar sobre os Correios, a ministra reconheceu que a estatal enfrenta dificuldades, mas defendeu a manutenção do serviço postal universalizado. “Estamos há um ano trabalhando na reestruturação dos Correios. Em outros países foi necessário associar o serviço postal a outras funções para garantir sua viabilidade”, pontuou.

Esther Dweck também destacou o papel estratégico do BNDES no apoio ao setor de bens de capital, essencial para a indústria nacional. “Sem o BNDES, não haveria no Brasil um setor de bens de capital”, afirmou.

Para a ministra, o fortalecimento da indústria e dos serviços públicos depende de políticas econômicas inclusivas e do apoio institucional a setores-chave da economia. Ela defendeu um Estado atuante na indução ao crescimento e à redução das desigualdades, com foco em justiça tributária e responsabilidade social.

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