
O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) será oficialmente assinado no próximo dia 16 de setembro, durante reunião de chanceleres dos países sul-americanos no Rio de Janeiro. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (12) pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio de nota oficial.

A cerimônia será conduzida pelo chanceler Mauro Vieira, que preside o encontro como representante do Brasil, atual detentor da presidência temporária do Mercosul. O tratado é considerado estratégico para fortalecer os laços comerciais entre os países do bloco sul-americano e quatro das economias mais desenvolvidas da Europa: Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein.
Parceria histórica após sete anos de negociações
As conversas entre o Mercosul e o EFTA começaram em junho de 2017, em Buenos Aires. Ao longo de sete anos, foram realizadas 14 rodadas de negociações até que os termos finais do acordo fossem fechados em julho de 2025.
De acordo com o Itamaraty, o tratado tem como objetivo diversificar as parcerias comerciais e aprofundar a integração regional em um momento de instabilidade geopolítica e econômica no cenário global.
"Para o Brasil, a consolidação da união aduaneira, a diversificação das parcerias econômico-comerciais do Mercosul e a modernização e aprofundamento dos acordos regionais vigentes constituem objetivos essenciais, em meio a cenário internacional instável e complexo", destacou o comunicado do MRE.
O documento também enfatiza a relevância da adesão plena da Bolívia ao Mercosul como prioridade da presidência brasileira no bloco.
O que é a EFTA?
Criada em 1960, a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) é uma organização intergovernamental que reúne quatro países europeus com economias sólidas e elevado índice de desenvolvimento: Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.
Com uma população combinada de cerca de 15 milhões de habitantes, o bloco possui um Produto Interno Bruto (PIB) total estimado em US$ 1,4 trilhão. Em termos de renda per capita, seus países figuram entre os mais ricos do mundo.
Liechtenstein, por exemplo, é o segundo país mais rico do planeta, com renda média anual de US$ 186 mil por habitante. A Suíça aparece em quarto lugar, com renda per capita de US$ 104,5 mil. Noruega e Islândia também estão entre os líderes mundiais nesse quesito.
