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ENERGIA LIMPA

MS terá três megausinas solares e pode suprir 63% do consumo

Investimento bilionário vai colocar Estado entre os 10 maiores geradores de energia solar do país

14 novembro 2025 - 07h15Da Redação
Iniciativa envolve parceria com a Casa dos Ventos, com investimento de R$ 5,12 bilhões
Iniciativa envolve parceria com a Casa dos Ventos, com investimento de R$ 5,12 bilhões - (Foto: Divulgação)

A expansão da energia solar em Mato Grosso do Sul avança com a confirmação da implantação de três megausinas fotovoltaicas em Campo Grande, Paranaíba e Paraíso das Águas. Os empreendimentos, anunciados pelo Governo do Estado por meio da Semadesc, somam R$ 5,12 bilhões em investimentos da Casa dos Ventos e terão capacidade conjunta para atender 63% de todo o consumo atual de energia de MS.

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As duas primeiras unidades entram em operação entre junho e julho de 2026, enquanto a terceira será concluída em setembro de 2027. Com isso, o Estado deve ingressar imediatamente no grupo dos dez maiores geradores de energia solar do Brasil.

A confirmação ocorreu em reunião na Governadoria, com a presença do governador Eduardo Riedel, do secretário Jaime Verruck, do presidente da Casa dos Ventos, Mario Araripe, e do diretor de Implantação e Operação, Thiago Rezende. O encontro alinhou cronogramas e apresentou detalhes dos projetos.

Para o secretário Jaime Verruck, o avanço tem efeito direto no planejamento econômico estadual. Ele destaca que a oferta de energia é determinante para atrair os mais de R$ 105 bilhões em investimentos privados previstos no Estado.

“Sozinhas, essas três usinas da Casa dos Ventos farão aumentar em 45% a potência instalada do Estado e representam um crescimento de 8% em nível de Brasil”, disse Verruck. Ele reforça que o projeto integra o Programa MS Renovável, que tem como meta fortalecer a geração de energia limpa e diversificar a matriz local.

Mato Grosso do Sul já lidera a produção nacional de energia a partir da biomassa de cana-de-açúcar e florestas plantadas. Com os novos complexos solares, o governo projeta ampliar esse protagonismo e consolidar o Estado como referência na transição energética.

Os três complexos possuem dimensões e capacidades distintas:

  • Usina Rio Brilhante (Campo Grande)

Área de 1.100 hectares, com 1.105.920 módulos solares e capacidade de 491 MW.

  • Projeto Solar Seriemas (Paranaíba)

Área de 940 hectares, com 889.200 módulos e capacidade de 400 MW.

  • Projeto Solar Paraíso (Paraíso das Águas)

Maior dos três projetos, com 1.250 hectares, 1.252.800 módulos e potência de 640 MW.

Durante o pico das obras, os empreendimentos devem gerar mais de 4 mil empregos diretos. Todos foram licenciados pelo Imasul, que aprovou mais de R$ 25 milhões destinados à compensação ambiental.

Para a Casa dos Ventos, os projetos reforçam o avanço do país na produção de energia limpa. “Estamos falando de um incremento importante na matriz elétrica do Estado, o que acelera a transição energética brasileira”, afirmou o diretor Thiago Rezende.

O avanço das usinas coincide com a meta estadual de neutralizar emissões de carbono até 2030. A energia solar tem sido uma das frentes mais utilizadas para reduzir despesas públicas e modernizar estruturas.

O programa Ilumina Pantanal, que levou energia solar a 2.975 famílias isoladas, ganhou reconhecimento internacional como melhor projeto remoto do mundo. A iniciativa, realizada em parceria com a Energisa, reforça o compromisso do Estado com o uso de fontes renováveis.

Além disso, escolas estaduais, parques e prédios públicos receberam sistemas fotovoltaicos nos últimos anos, o que reduziu custos de manutenção e ampliou a eficiência energética.

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