
Mato Grosso do Sul se destaca no cenário nacional da bioenergia, ocupando atualmente a quarta posição na produção de etanol, a quinta no açúcar e a segunda no etanol de milho. O setor é considerado um pilar estratégico do desenvolvimento econômico estadual.

Durante a 25ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, destacou que a bioenergia é vista como “portadora de futuro” no planejamento de longo prazo do governo. “A bioenergia gera resultados sustentáveis e posiciona Mato Grosso do Sul na pauta mundial da transição energética e da segurança alimentar”, afirmou.
O Estado conta com 22 usinas em operação, incluindo três de etanol de milho, e três novas plantas em implantação. A Semadesc e a Biosul mantêm diálogo constante com o setor para garantir um ambiente de negócios competitivo e sustentável.
Entre as ações estruturantes, o governo investe em infraestrutura logística, melhorando o acesso das usinas às rodovias. “Só neste fim de semana inauguramos R$ 30 milhões em obras de pavimentação, facilitando o escoamento da produção e o transporte de trabalhadores, além de fortalecer as exportações”, destacou Verruck.
O Estado reafirma sua meta de ser carbono neutro até 2030. No setor sucroenergético, a plataforma Carbon Control monitora emissões e remoções de gases de efeito estufa. Na última safra, as usinas de etanol de milho emitiram 1,3 milhão de toneladas de CO equivalentes e removeram 2,6 milhões, resultando em saldo positivo de 1,3 milhão de toneladas. “Estamos próximos de tornar o etanol e o açúcar produzidos no Estado totalmente carbono neutros”, destacou o secretário.
Mato Grosso do Sul também atrai investimentos em biometano, que somam R$ 1 bilhão. Para estimular o setor, foram reduzidos impostos sobre o biocombustível e o IPVA de veículos movidos a biometano. A Companhia de Gás de MS já realiza leilões para inserir o biometano na rede de gás natural, promovendo descarbonização da matriz energética.
Verruck destacou ainda três frentes estratégicas: transição logística, energética e tributária, reforçando a necessidade de investimentos em ciência, tecnologia e inovação, com apoio de instituições como BNDES e Finep, e monitoramento da reforma tributária para manter a competitividade regional.
Com políticas integradas de sustentabilidade, inovação e competitividade, Mato Grosso do Sul consolida sua posição como referência nacional em bioenergia, promovendo desenvolvimento econômico aliado à responsabilidade ambiental.
