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ECONOMIA

Maioria das Bolsas da Europa fecha em baixa ante cautela por China e covid-19

Com isso, mesmo a sinalização de apoio ao quadro do Banco Central Europeu (BCE) não foi suficiente para gerar grande impulso nos ativos

16 julho 2020 - 12h27
Índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,47%, em 372,13 pontos
Índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,47%, em 372,13 pontos - (Foto: MIGUEL MEDINA/AFP/JC)
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As praças europeias não tiveram sinal único nesta quinta-feira, 16, recuando na maioria, com investidores atentos a questões como as tensões geopolíticas entre Estados Unidos e China, além de indicadores da potência asiática, e também acusações de vários países à Rússia, bem como a disseminação da covid-19, que pode atrasar a recuperação econômica. Com isso, mesmo a sinalização de apoio ao quadro do Banco Central Europeu (BCE) não foi suficiente para gerar grande impulso nos ativos.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,47%, em 372,13 pontos.

Dados da China foram monitorados, diante do impacto global da atividade chinesa e do fato de que ela pode sinalizar como será a retomada em outras latitudes. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês subiu 3,2% no segundo trimestre, acima do esperado, mas as vendas no varejo sofreram uma contração inesperada em junho. Além disso, as tensões entre Washington e Pequim continuam a preocupar investidores, já que podem prejudicar o comércio global. A contínua disseminação da covid-19 pelo mundo colaborou para a cautela.

A Rússia ainda foi citada no noticiário, após autoridades de Reino Unido, EUA e Canadá afirmarem que hackers do país teriam tentado roubar dados de vacina contra a covid-19. O Centro Nacional de Segurança Cibernética britânico afirmou que "quase certamente" os cibercriminosos trabalham para o serviço de inteligência do governo de Moscou.

Na própria região, no Reino Unido foi informado que a quarentena levou ao fechamento de 650 mil postos de trabalho entre março e junho. Já o Banco Central Europeu (BCE) manteve a política monetária, como esperado, mas reiterou a disposição de "ajustar seus instrumentos", se preciso. A presidente do BCE, Christine Lagarde, qualificou a retomada como "incipiente" e disse que as perspectivas para o ritmo da recuperação são "incertas", mas voltou a defender que amplos estímulos monetários são necessários para apoiar a zona do euro.

Para o Rabobank, o BCE está "claramente esperando informações adicionais sobre a velocidade e a força da recuperação e quanto de apoio extra receberá das autoridades fiscais europeias". Hoje, Lagarde disse acreditar que o fundo de recuperação europeia será aprovado.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em baixa de 0,67%, em 6.250,69 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,43%, a 12.874,97 pontos.

Em Paris, o índice CAC 40 caiu 0,46%, a 5.085,28 pontos, com a ação da Alstom em 4,58%, após ter reportado queda de 27% em suas vendas no primeiro trimestre de 2020, mas com vendas e receita acima do esperado.

Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB subiu 0,37%, para 20.356,09 pontos, com Telecom Italia como o papel mais negociado, fechando em alta de 4,37%.

Em Madri, o IBEX 35 caiu 0,17%, a 7.474,70 pontos.

Em Lisboa, o índice PSI 20 avançou 1,09%, a 4.468,22 pontos.

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