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COP-30

Lula anuncia que convidará Donald Trump para a COP30 e critica tarifas dos EUA

Presidente brasileiro reafirma respeito à soberania nacional e critica postura de Trump sobre sanções ao Brasil, destacando o papel do País nas negociações internacionais

5 agosto 2025 - 16h25Lavínia Kaucz, Gabriel de Sousa e Giordanna Neves
Lula anunciou que convidará Donald Trump para a COP30 e criticou as tarifas impostas pelos EUA ao Brasil, reafirmando a defesa da soberania nacional e destacando a importância de diálogo nas relações internacionais.
Lula anunciou que convidará Donald Trump para a COP30 e criticou as tarifas impostas pelos EUA ao Brasil, reafirmando a defesa da soberania nacional e destacando a importância de diálogo nas relações internacionais. - (Foto: Marcelo Camargo/EBC)
Terça da Carne

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta terça-feira, 5, que fará uma ligação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para convidá-lo a participar da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém. Em um momento de descontração durante a abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), Lula revelou a sua intenção de saber o que Trump pensa sobre a questão climática, destacando a importância de manter o diálogo com os líderes globais.

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"Não vou ligar para o Trump para conversar, não, porque ele não quer falar. Mas eu vou ligar para o Trump para convidá-lo para vir para a COP. Porque eu quero saber o que ele pensa da questão climática. Vou ter a gentileza de ligar", afirmou Lula.

Críticas a Trump e à postura dos EUA

Lula também usou a ocasião para criticar as recentes medidas de Trump contra o Brasil, que impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e sancionou o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente brasileiro questionou a legitimidade dessas ações e afirmou que Trump poderia ter procurado um diálogo mais direto, ligando para ele ou para o vice-presidente Geraldo Alckmin.

"Trump não tinha direito de anunciar taxações como anunciou ao Brasil", disse Lula, destacando que a questão não é política, mas eleitoral. Ele reforçou que o Brasil merece respeito no cenário internacional, lembrando que, ao longo de sua carreira política, sempre procurou negociar em prol dos interesses do País.

Crítica ao nacionalismo e ao mercantilismo

Lula também abordou a falta de figuras nacionalistas no Brasil e apontou que, hoje, muitos empresários atuam com uma mentalidade mercantilista, em vez de priorizar a soberania nacional. Para o presidente, o Brasil não deve mais ser tratado como um país do "Terceiro Mundo" e deve buscar maior autonomia nas relações internacionais.

Marco histórico e defesa da soberania nacional

O presidente fez questão de ressaltar que a data de 30 de julho de 2025, quando os EUA aplicaram o tarifaço contra o Brasil, ficará registrada como um "marco lastimável" na relação entre os dois países. Ele afirmou que o multilateralismo atravessa um momento crítico e que o governo brasileiro não hesitará em defender a soberania do País, mesmo diante de interesses externos. "Proteger nossa soberania é interesse que está acima de todos os partidos", destacou Lula.

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