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ECONOMIA

Lula critica cobertura sobre déficit fiscal e anuncia novo modelo de crédito imobiliário

Presidente acusa "indústria da desconfiança" e detalha mudanças no financiamento habitacional para ampliar crédito

10 outubro 2025 - 11h30Gabriel de Sousa e Geovani Bucci
Presidente Lula
Presidente Lula - (Foto: Wilton Junior / Estadão)

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta sexta-feira (10), a forma como a imprensa trata o déficit fiscal. Durante o lançamento do novo modelo de crédito imobiliário no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, o presidente afirmou que há uma “indústria de criar desconfiança na sociedade brasileira”.

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“Se você observar as notícias sobre desenvolvimento, crescimento econômico, massa salarial e financiamento, quase não aparecem. Mas notícias sobre déficit fiscal surgem quase todos os dias”, declarou Lula. Ele também criticou governos anteriores e defendeu a necessidade de austeridade para evitar problemas judiciais futuros. “Muitas vezes avançamos um quilômetro e, de repente, andamos dois para trás. Nos últimos seis anos, o país sofreu uma série de retrocessos”, completou.

Novo modelo de crédito imobiliário

O governo federal lançou um novo modelo de crédito habitacional que visa substituir gradualmente a poupança como principal fonte de financiamento e criar um sistema mais flexível e sustentável.

Com a medida, a cada real emprestado no crédito imobiliário, os bancos poderão usar o mesmo valor em recursos da poupança por até cinco anos, prazo que pode ser prorrogado mediante novos financiamentos. Atualmente, 65% dos recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) são obrigatórios para crédito imobiliário, 20% vão para o compulsório do Banco Central e 15% são de uso livre.

O Banco Central deve liberar cinco pontos percentuais do compulsório para os bancos que aderirem ao novo modelo, com impacto estimado entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões. Dessas liberações, 80% deverão ser aplicados no Sistema de Financiamento Habitacional (SFH), com juros de até 12% ao ano, e 20% no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), que opera com taxas de mercado.

O novo modelo será implementado gradualmente até o fim de 2026, em fase de testes, e deve funcionar plenamente em 2027. A transição atende a pedidos do setor da construção civil, que alertou para o risco de rupturas abruptas no sistema de crédito.

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