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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, em uma entrevista à CNN International veiculada nesta quinta-feira, 17, uma abordagem institucional em relação às tarifas anunciadas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Ele negou que as posições políticas dos dois mandatários interfiram nesse processo.

"Eu não sou um presidente progressista, sou o presidente do Brasil", disse Lula, quando indagado sobre o impacto da ideologia nessa relação. "Eu não vejo o presidente Donald Trump como um presidente de extrema-direita, eu o vejo como o presidente dos Estados Unidos. Ele foi eleito pelo povo americano, não importa se eu gosto dele ou não."
O petista voltou a defender que os dois se sentem à mesa para conversar sobre a relação entre os países, mas afirmou que Trump não tem mostrado a disposição de fazer isso. "O Brasil não quer alimentar qualquer guerra ou participar de guerras, o Brasil quer paz e negociação", disse.
Falando sobre o Brics - grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de outros países do Sul Global -, Lula negou que haja qualquer intenção desse bloco de se distanciar do comércio com os Estados Unidos.
"O Brics não foi criado para brigar com país nenhum, o Brics foi criado para que possamos nos considerar igualmente, discutir as nossas questões de maneira pacífica", afirmou o petista. "Ninguém quer se livrar dos EUA, o que nós queremos e não ser reféns dos EUA. Nós queremos liberdade."
