
Durante visita a Belo Horizonte nesta quinta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o governo federal realizará um leilão na Bolsa de Valores para concessão da BR-381, rodovia que liga Minas Gerais a São Paulo. O projeto prevê investimentos de R$ 14 bilhões em parceria com a iniciativa privada.
Conhecida pelo alto fluxo de veículos e pelo volume de cargas transportadas, a BR-381 será praticamente reconstruída, segundo o presidente. “É uma estrada que a gente tem um carinho, porque ela liga dois Estados muito importantes: São Paulo e Minas Gerais. Ela precisa ser melhor reformada, é muita carga e muito trânsito. Estamos fazendo um leilão e o investimento nela será de R$ 14 bilhões. Vamos fazer praticamente uma estrada nova com a decência que ela merece”, afirmou Lula em entrevista à TV Alterosa.
O trecho da rodovia, especialmente entre Belo Horizonte e Governador Valadares, é um dos mais perigosos do país e há anos é alvo de cobranças por melhorias. A expectativa é que, com a concessão, o novo modelo de gestão permita acelerar obras de duplicação, manutenção e modernização da via.
Caravana Federativa e aproximação com estados - O anúncio ocorreu durante a edição mineira da Caravana Federativa, evento promovido pelo governo federal para ampliar o diálogo direto com prefeitos e governadores. Para Lula, o encontro representa uma forma mais humana e resolutiva de relação institucional.
“É muito efetiva essa política, porque é olho no olho. Quando você conversa com os prefeitos, com os governadores, você percebe a realidade das pessoas e consegue agir com mais rapidez”, disse.
Na mesma entrevista, Lula reafirmou seu compromisso com a construção de um país baseado em um modelo de estado de bem-estar social, citando os países nórdicos como exemplo. O presidente destacou que políticas públicas devem ser voltadas para garantir acesso universal a direitos essenciais, como saúde, educação e segurança.
Entre os programas mencionados como parte dessa visão, o presidente citou o “Agora Tem Especialistas”, que busca ampliar a oferta de atendimento especializado pelo SUS, especialmente em áreas como oncologia e reabilitação. “Se o rico tem direito, o pobre tem que ter direito. Se o presidente tem direito, o pobre também tem que ter direito”, declarou.

