Lula comemora menor índice de desemprego já registrado e diz que trabalho devolve dignidade à população
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva celebrou com emoção o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo IBGE, que apontou a taxa de desemprego no Brasil em 5,8% no segundo trimestre de 2025 — o menor índice da série histórica iniciada em 2012.
Durante a cerimônia de entrega de moradias populares, nesta sexta-feira, 1º de agosto, Lula afirmou que o dado representa uma conquista significativa para o país e, sobretudo, para a população que mais precisa. “Vocês não sabem como é que eu estou feliz de saber que ontem o Brasil atingiu o menor nível de desemprego da história”, declarou.
Redução consistente na taxa de desocupação
A nova taxa representa uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando o índice estava em 7%, e também mostra avanço em comparação ao mesmo período de 2024, que registrava 6,9%.
Os dados refletem uma tendência de recuperação gradual do mercado de trabalho formal, com crescimento no número de carteiras assinadas, aumento da ocupação e expansão em setores como construção civil, comércio e serviços.
Emprego como pilar de estabilidade emocional e dignidade
Durante seu discurso, Lula relembrou o período em que, ainda operário, enfrentou o desemprego por mais de um ano. Com tom pessoal, descreveu a sensação de incerteza que assombra quem está fora do mercado. “Voltávamos para casa todo dia com o pé quente. A gente sabe que o emprego dá uma coisa chamada estabilidade emocional ao ser humano”, compartilhou.
O presidente também ressaltou que o trabalho vai além da renda: é uma forma de pertencimento e dignidade. “Quando uma pessoa trabalha, que recebe o seu salário e que pode cumprir com os seus desejos, com o bar, com a padaria, com o seu filho... não tem nada que dê mais dignidade ao ser humano”, afirmou.
Cerimônia de entrega de 1.876 moradias populares
O pronunciamento aconteceu durante a entrega de 1.876 unidades habitacionais em cinco estados brasileiros. Lula tem usado os eventos do programa Minha Casa, Minha Vida como plataforma para reafirmar o papel social do Estado e da política pública na melhoria da qualidade de vida das famílias de baixa renda.
As moradias entregues integram o esforço do governo federal em ampliar o acesso à habitação e movimentar a economia com obras públicas — setor que tem apresentado crescimento e contribuído diretamente para os indicadores positivos de emprego.
Perspectiva de continuidade na geração de empregos
A expectativa do governo é de que os números continuem melhorando nos próximos trimestres, impulsionados por investimentos públicos e estabilidade econômica. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, já havia sinalizado que a meta do governo é consolidar o índice abaixo de 6% como patamar sustentável de pleno emprego até o final de 2025.
Com o aumento da confiança dos investidores e a recuperação do poder de compra de parte da população, o cenário para o segundo semestre segue favorável. O governo aposta também em medidas de estímulo ao crédito e à formalização de trabalhadores autônomos.
A política social como centro da reconstrução nacional
Para Lula, o avanço nos indicadores de emprego deve ser compreendido como resultado direto das políticas sociais adotadas desde o início de seu terceiro mandato. “O que estamos fazendo é devolver o direito do povo de sonhar, de acreditar e de viver com dignidade”, disse.
Além das moradias entregues, o governo tem reforçado iniciativas nas áreas de saúde, educação e infraestrutura. Segundo o presidente, o objetivo é fazer com que a recuperação econômica atinja todas as regiões do país, com foco nos que mais precisam.
