
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou nesta segunda-feira (8) que empresários ofereçam salários adequados e melhores condições de trabalho para estimular a contratação de trabalhadores.
"Vou dizer quando a pessoa quer trabalhar: pague um salário decente e melhore a jornada de trabalho. É isso que vai fazer as pessoas trabalharem em qualquer lugar. Ninguém gosta de viver de favor, de políticas públicas", afirmou Lula durante a 14ª Conferência Nacional de Assistência Social, em Brasília.
O presidente vem defendendo a revisão da jornada semanal de trabalho no Brasil, considerando que os avanços tecnológicos tornam obsoleto o modelo atual de escala 6x1 (seis dias de trabalho, um de descanso). O Executivo acompanha um projeto alternativo em tramitação na Câmara dos Deputados.
Lula também destacou que, apesar de medidas recentes, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, ainda há muito a ser feito para reduzir as desigualdades. "Mesmo diminuindo as desigualdades no maior nível da história, o Brasil ainda é muito desigual. Os ricos ainda são muito ricos. Estamos apenas começando a fazer a transformação que esse País precisa. Vai dar trabalho, mas vamos fazer", afirmou.
Além de questões econômicas, o presidente cobrou engajamento político da militância de esquerda, defendendo a eleição de deputados, senadores e governadores alinhados ideologicamente. "O destino do País depende da qualidade dos deputados, senadores e governadores que vocês elegerem. Estamos falando de um futuro que está para ser construído pelas nossas mãos, pelo nosso comportamento, pelo nosso trabalho e pelo grau de consciência política que a gente tiver no dia em que votarmos", declarou.
Lula também defendeu a discussão de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garanta orçamento anual para a assistência social, evitando disputas recorrentes por recursos para o setor.


