
O governo federal projeta realizar 14 leilões rodoviários em 2026, segundo afirmou o ministro dos Transportes, Renan Filho, nesta quinta-feira (23). A meta faz parte da estratégia de ampliação de investimentos privados em infraestrutura, após o avanço significativo das concessões promovidas nos últimos anos.
A previsão é encerrar 2025 com 13 leilões realizados, sendo que nove já ocorreram em 2023 e 2024. O mais recente foi o do Lote 4 do Paraná, promovido nesta semana, que marcou a oitava disputa deste ano.
Lote 4 do Paraná teve desconto de 21,3% no pedágio - O Lote 4 foi arrematado pelo Consórcio Infraestrutura PR, formado pela empresa EPR e um fundo de investimento da Perfin. A proposta vencedora garantiu um desconto de 21,3% na tarifa básica de pedágio, superando outros três concorrentes.
Entre os participantes, esteve a Mota-Engil, companhia portuguesa que estreou em leilões rodoviários no Brasil, além de nomes conhecidos como a Motiva (ex-CCR) e o Patria.
Para Renan Filho, o resultado demonstra nível elevado de competição e atratividade do modelo de concessões adotado pelo governo. “Temos visto novos entrantes e uma competição que derruba preço dos pedágios”, afirmou.
Com a concessão do Lote 4, o governo federal alcançou a marca de R$ 200 bilhões em investimentos rodoviários privados sob a atual gestão, segundo a pasta dos Transportes.
O próximo certame será o Lote 5 do Paraná, agendado para quinta-feira, 30 de outubro, com quatro a cinco participantes previstos, segundo o ministro.
Meta para 2026 reforça papel das parcerias com setor privado - A meta de 14 leilões em 2026 representa continuidade do programa de parcerias público-privadas, central na política de investimentos federais em infraestrutura.
Os projetos incluem duplicação de trechos rodoviários, manutenção, modernização e construção de novas estruturas, com foco na eficiência logística e redução de custos de transporte no país.
A perspectiva positiva de novos leilões e a entrada de grupos internacionais refletem o interesse do setor privado em contratos de longo prazo com previsibilidade regulatória, avaliou o Ministério dos Transportes.

