
ANP prepara leilão do pré-sal com 13 blocos e prazo para declaração de interesse termina em 6 de agosto

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) iniciou os preparativos para a nova rodada de leilão de áreas do pré-sal no modelo de partilha da produção. As 15 empresas já habilitadas a participar do 3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha (OPP) têm até o próximo dia 6 de agosto para apresentar suas declarações de interesse, acompanhadas de garantias financeiras, para qualquer um dos 13 blocos exploratórios disponíveis.
O leilão está marcado para o dia 22 de outubro e contempla áreas nas bacias de Santos e Campos — regiões consideradas estratégicas para a expansão da produção brasileira de petróleo e gás natural.
Divulgação dos blocos que irão a leilão será feita em agosto
A ANP informou que irá divulgar, no dia 20 de agosto, quais blocos receberam manifestação de interesse e estarão efetivamente na disputa de outubro. A lista definitiva será formada com base nas garantias recebidas até o prazo estipulado.
Já no dia 11 de setembro, as empresas que permanecem no processo poderão apresentar nova declaração de interesse — desta vez limitada aos blocos que tiverem sido oficialmente incluídos na licitação, conforme o cronograma do 3º ciclo da OPP.
A agência reforçou que empresas que não tiverem apresentado interesse anteriormente ainda poderão participar da licitação em consórcio com alguma das companhias que tenham declarado interesse dentro do prazo.
Empresas habilitadas incluem gigantes globais
Entre as 15 companhias habilitadas para participar do leilão estão grandes petroleiras globais e regionais, incluindo:
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3R Petroleum
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BP
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Chevron
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CNOOC
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Ecopetrol
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Equinor
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Karoon
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Petrogal
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Petrobras
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Petronas
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Prio
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QatarEnergy
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Shell
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Sinopec
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TotalEnergies
Essas empresas demonstram o interesse global nas reservas do pré-sal brasileiro, que continuam sendo uma das maiores fronteiras de exploração offshore do mundo, tanto em volume quanto em qualidade de petróleo.
O que é a Oferta Permanente de Partilha
A OPP é o modelo de licitação da ANP para áreas do pré-sal e outras áreas estratégicas sob regime de partilha de produção. Nesse regime, o petróleo extraído é dividido entre a União e as empresas, após o desconto dos custos de exploração e produção.
Diferente dos leilões tradicionais, a OPP funciona de forma contínua: áreas que não recebem ofertas ou não são contratadas podem ser novamente disponibilizadas. No entanto, a realização do leilão em si só ocorre quando há manifestação formal de interesse, como no caso deste 3º ciclo, agora em andamento.
Bacias de Santos e Campos seguem como foco do setor
Os blocos disponíveis estão localizados nas tradicionais bacias de Santos e Campos, que juntas concentram a maior parte da produção nacional de petróleo. As áreas oferecem alto potencial de produtividade, com infraestrutura já estabelecida e acesso facilitado a mercados nacionais e internacionais.
Além disso, a atratividade da região se mantém elevada mesmo com a crescente transição energética global, devido ao baixo custo de extração e ao perfil técnico consolidado das reservas do pré-sal.
Expectativa do setor é positiva para o 3º ciclo
O setor energético aguarda com expectativa a licitação de outubro. A combinação de fatores como estabilidade regulatória, qualidade das reservas e previsibilidade nos contratos tem mantido o interesse de operadoras internacionais no mercado brasileiro, mesmo em um cenário de crescente busca por fontes renováveis.
A ANP aposta que a flexibilidade do modelo de oferta permanente e a possibilidade de formação de consórcios aumentam a competitividade da disputa, reduzindo o risco de blocos não contratados, como já aconteceu em outras rodadas.
Próximos passos no cronograma da OPP
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Até 6 de agosto: declaração de interesse e apresentação de garantias financeiras para qualquer bloco do edital
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20 de agosto: divulgação dos blocos que serão licitados no 3º ciclo
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11 de setembro: nova janela para declaração de interesse, agora apenas para os blocos confirmados
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22 de outubro: realização do leilão
