
Os lançamentos de projetos imobiliários dentro do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) caíram 15,5% no segundo trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024, totalizando 44,2 mil unidades. Por outro lado, as vendas no programa apresentaram um crescimento de 11,9%, atingindo 46,9 mil unidades.

O programa representou 47% dos lançamentos totais do mercado no segundo trimestre de 2025, um recuo em relação aos 53% registrados no ano passado. As vendas, por sua vez, corresponderam a 46% do total, frente a 42% no mesmo período de 2024. Os dados foram divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Queda nos lançamentos e ampliação do orçamento
De acordo com o economista Celso Petrucci, a queda nos lançamentos pode ser explicada pela falta de recursos destinados ao programa no início do ano, que foi amenizada com a ampliação do orçamento. "Pode ser que a queda nos lançamentos tenha a ver com essa falta de recursos em junho e julho", comentou.
Petrucci destacou a importância dessa ampliação, pois o Minha Casa Minha Vida é essencial para oferecer imóveis à população com menor renda. "A roda do MCMV não pode parar", afirmou, lembrando que o programa continua sendo a principal forma de acesso à moradia para grande parte da população brasileira.
Propostas para revisão do programa
O presidente da CBIC, Renato Correia, sugeriu o início de discussões para a revisão dos parâmetros de contratação do MCMV, já que a última alteração no programa ocorreu há dois anos. Segundo ele, a demora nas mudanças no ciclo anterior, em 2023, geraram gargalos no processo de contratação. Correia sugeriu que as novas medidas sejam colocadas na pauta do governo federal, pois o processo de negociação e aprovação pode levar até um ano.
