
A Eastman Kodak Company, tradicional empresa de fotografia, alertou que pode encerrar suas operações devido a graves problemas financeiros. Em comunicado regulatório, a companhia informou que possui dívidas que vencem em 12 meses e não tem recursos suficientes para pagá-las nas condições atuais. "Essas condições levantam dúvidas sobre a capacidade da Kodak de continuar operando", afirmou.

Sediada em Rochester, no estado de Nova York, a Kodak declarou ter US$ 155 milhões em caixa e equivalentes de caixa em 30 de junho, mas com apenas US$ 70 milhões disponíveis nos Estados Unidos.
Apesar do alerta, a empresa minimizou o risco de falência, afirmando que a linguagem utilizada no documento regulatório é uma exigência formal e que está confiante na capacidade de negociar suas dívidas. A Kodak espera refinanciar ou prorrogar suas obrigações financeiras antes do vencimento.
Reformulação e venda de ativos
Em 2012, a Kodak entrou com pedido de recuperação judicial, após ser superada pela concorrência japonesa e pela transição para a fotografia digital. Nos últimos anos, a empresa foi se reestruturando, vendendo patentes e fechando sua unidade de câmeras, além de se reinventar no setor de impressão comercial e embalagens.
Atualmente, a Kodak está investindo em uma fábrica para a produção de medicamentos regulamentados e já fabrica matérias-primas para a indústria farmacêutica. A produção na nova instalação deve começar ainda este ano.
História e declínio da Kodak
Fundada em 1880 por George Eastman, a Kodak foi responsável por popularizar a fotografia, com produtos icônicos como as câmeras Brownie e Instamatic. No entanto, a empresa perdeu sua liderança no mercado ao não conseguir acompanhar a revolução digital, o que resultou em uma queda significativa nas vendas e no fechamento de várias unidades.
Agora, com dificuldades financeiras e sem uma solução clara para a dívida, a Kodak enfrenta a possibilidade de fechar suas portas após mais de 130 anos de operação.
