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08 de dezembro de 2025 - 10h05
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ECONOMIA

Juros futuros recuam após Flávio Bolsonaro sinalizar saída da corrida presidencial

Mercado reage positivamente à possível desistência do senador; dólar também apresenta queda

8 dezembro 2025 - 09h00Luciana Xavier
Sinalização de Flávio Bolsonaro de que pode sair da disputa presidencial alivia tensão nos juros futuros
Sinalização de Flávio Bolsonaro de que pode sair da disputa presidencial alivia tensão nos juros futuros - Foto: Freepik

As taxas de juros futuros abriram em queda nesta segunda-feira (8), acompanhando o recuo do dólar, após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sinalizar que pode desistir da pré-candidatura à Presidência da República em 2026. A fala do parlamentar foi interpretada como tentativa de negociação para garantir a elegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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"Tem um preço para eu sair da disputa: Bolsonaro livre e nas urnas", afirmou o senador em declarações no fim de semana, após ter anunciado a pré-candidatura na sexta-feira (5). O anúncio inicial provocou instabilidade no mercado financeiro, com alta nas taxas futuras e preocupação entre investidores quanto ao aumento da polarização política.

A possível retirada de Flávio da disputa presidencial foi bem recebida por operadores do mercado, que agora vislumbram menor ruído político no curto prazo. Com isso, os juros futuros passaram a recuar logo na abertura da sessão.

Às 9h12, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2027 recuava para 13,775%, frente aos 13,843% registrados no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2029 caía para 13,110%, ante 13,229%, enquanto o contrato para janeiro de 2031 cedia para 13,350%, comparado aos 13,472% no fechamento da última sexta-feira.

Apesar da reação inicial positiva, analistas alertam que o ambiente segue sensível e sujeito a novas oscilações, sobretudo diante das incertezas em relação à sucessão presidencial e à condução da política fiscal a partir de 2027. A sinalização de Flávio, embora interpretable como gesto de apaziguamento, não significa um recuo definitivo do clã Bolsonaro do processo eleitoral.

O mercado seguirá atento aos desdobramentos políticos nas próximas semanas, além da agenda econômica do governo e dos sinais do Banco Central sobre os rumos da taxa Selic.

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