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03 de outubro de 2025 - 16h09
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INTEGRAÇÃO

Presidente do Paraguai visita o MS, e parceria com a JBS marca avanço da rota bioceânica

Investimento bilionário da JBS no Paraguai fortalece laços com o Mato Grosso do Sul e consolida a rota bioceânica como novo eixo de integração regional

3 outubro 2025 - 14h19Redação
Santiago Peña (centro), Eduardo Riedel, Wesley Batista, o vice-governador Barbosinha e o secretário de Governo Rodrigo Perez posam com lideranças políticas e empresariais em frente à unidade da Seara, em Dourados.
Santiago Peña (centro), Eduardo Riedel, Wesley Batista, o vice-governador Barbosinha e o secretário de Governo Rodrigo Perez posam com lideranças políticas e empresariais em frente à unidade da Seara, em Dourados. - Foto: Divulgação

Na última quinta-feira, dia 2, uma comitiva saiu de Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, atravessou a fronteira com o Paraguai e terminou o dia em Dourados, dentro de uma planta industrial da JBS. A visita técnica reuniu nomes importantes: o governador Eduardo Riedel, o presidente paraguaio Santiago Peña e o empresário Wesley Batista, do grupo J&F, controlador da gigante da proteína animal.

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Durante o encontro, uma notícia mudou o clima do galpão: a JBS vai investir 70 milhões de dólares em uma nova operação de frangos no Paraguai. Para Wesley Batista, a decisão é reflexo direto de um ambiente de negócios estável, tanto no estado brasileiro quanto no país vizinho. “Nós operamos em diversos estados brasileiros. E a gestão aqui no Mato Grosso do Sul, capitaneada pelo governador Riedel, é a mais eficaz do ponto de vista de empreender”, afirmou o empresário.

Governador Eduardo Riedel, presidente Santiago Peña e comitiva percorrem a unidade da JBS em Dourados, onde foi anunciado o investimento de US$ 70 milhões no Paraguai.

O anúncio não veio sozinho. Desde as primeiras horas da manhã, a comitiva havia visitado as obras da ponte bioceânica entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta, no Paraguai. A infraestrutura, que promete conectar o Brasil ao Oceano Pacífico por meio de território paraguaio, argentino e chileno, é tida como símbolo da nova fase da integração regional. “O Paraguai foi o país que mais investiu para que a rota se tornasse efetiva, com recursos para pavimentação de quase 600 quilômetros ao longo dos anos”, disse Riedel.

A nova fábrica da JBS ficará no departamento de Caaguazú, no distrito de Doctor Juan Eulogio Estigarribia. A operação começa com a compra da Pollos Amanecer, marca local. Depois de passar por modernização e expansão, a planta terá capacidade de processar até 100 mil aves por dia, além de incluir incubatórios, fábrica de ração e 28 granjas para material genético. A estimativa é de que 1.100 pessoas sejam empregadas diretamente no local.

A relação da empresa com o Mato Grosso do Sul é antiga e profunda. Atualmente, a JBS está presente em nove cidades do estado, emprega 19 mil pessoas diretamente e se relaciona com mais de 5 mil pecuaristas locais. Para Batista, o sucesso da empresa na região é prova de que o estado oferece segurança e incentivo ao setor privado. “É um orgulho estar aqui, como empresário e brasileiro, vendo um estado governado por pessoas tão competentes”, disse.

Já o presidente Santiago Peña fez um discurso conciliador e otimista, apontando que a história recente entre Brasil e Paraguai é feita de “casos de sucesso”. Segundo ele, o investimento da JBS reforça a ideia de que o setor privado, quando aliado a uma gestão pública eficiente, pode ser o motor de desenvolvimento regional. “A JBS é um orgulho para o Brasil e para toda a nossa região, que é a maior produtora de proteína do mundo”, disse.

Para Riedel, investimentos como esse são resultado direto da confiança gerada por um ambiente saudável de negócios. Ele lembrou que o Mato Grosso do Sul tem uma das menores taxas de desemprego do país e crescimento entre 4% e 6% ao ano. “Isso é traduzido em educação, bem-estar social, infraestrutura”, disse o governador.

Enquanto as máquinas seguem trabalhando na ponte bioceânica e a nova fábrica começa a ganhar forma no interior do Paraguai, a ideia de uma América do Sul mais conectada e integrada vai, aos poucos, deixando o papel e se tornando realidade. Por trás das cifras, discursos e obras, está a busca por algo simples: fazer com que o desenvolvimento atravesse fronteiras — e que todo mundo saia ganhando.

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