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ECONOMIA

CEO da Ipiranga prevê novas fases da Operação Carbono Oculto e cobra combate à ilegalidade

Leonardo Linden afirma que empresas investigadas representam 7% do mercado e alerta para fraudes com nafta

19 setembro 2025 - 16h55Talita Nascimento
CEO da Ipiranga, Leonardo Linden, afirma que combate à ilegalidade é essencial para setor de combustíveis.
CEO da Ipiranga, Leonardo Linden, afirma que combate à ilegalidade é essencial para setor de combustíveis. - Foto: Reprodução
ENERGISA

Durante participação no Ultra Day, o CEO da Ipiranga, Leonardo Linden, afirmou que a Operação Carbono Oculto — que investiga distribuidoras de combustíveis ligadas ao crime organizado — deverá ter novas fases e que elas são fundamentais para o setor. "Deve haver mais fases, que são importantes para nós", destacou o executivo.

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Segundo ele, as distribuidoras citadas na operação representam cerca de 7% do mercado de combustíveis, uma fatia significativa. Linden classificou a operação como uma das mais importantes já realizadas, por revelar a profundidade das irregularidades enfrentadas pelo segmento.

Avanços e novos desafios

Apesar do cenário de irregularidades, Linden acredita que houve avanços nos últimos 18 meses. Ele citou como exemplo a implementação da monofasia do etanol, que estabelece uma única fase de cobrança de impostos, dificultando sonegações.

Ainda assim, o CEO da Ipiranga alertou para um problema crescente: a importação de nafta. Estima-se que cerca de 300 milhões de litros desse produto estejam entrando anualmente no mercado, mas sem serem destinados ao refino, como previsto. Segundo Linden, o material está sendo desviado para uso direto em postos de combustíveis, o que configura grave irregularidade.

Fraudes, tributos e Renovabio

Outro ponto levantado foi a assimetria na aplicação das regras do programa RenovaBio, que premia distribuidoras por metas de descarbonização. Para Linden, há empresas que cumprem corretamente as regras e outras que se beneficiam da falta de fiscalização.

O executivo defendeu ainda a criação de uma legislação nacional mais rígida contra os chamados devedores contumazes — aqueles que sistematicamente deixam de recolher tributos. Segundo ele, combater esse tipo de prática é essencial para garantir competitividade e justiça no setor.

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