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17 de dezembro de 2025 - 20h05
maracaju
ECONOMIA E EDUCAÇÃO

Isenção do IR até R$ 5 mil deve beneficiar 73,5% dos professores no Brasil

Estudo do Ipea revela que nova tabela equivale a um "14º salário" para a categoria; mais de 600 mil docentes deixarão de pagar o tributo em 2026

17 dezembro 2025 - 18h00
Correção da tabela do IR reduz defasagem histórica e beneficia 73,5% do magistério brasileiro.
Correção da tabela do IR reduz defasagem histórica e beneficia 73,5% do magistério brasileiro. - (Foto: PREFCG)

A nova reforma do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), sancionada pela Lei nº 15.270/2025, promete um alívio financeiro histórico para os profissionais da educação. Segundo o estudo "O imposto na ponta do giz", divulgado nesta quarta-feira (17) pelo Ipea, três em cada quatro professores da educação básica (infantil, fundamental e médio) serão beneficiados pela isenção ou redução do tributo a partir de janeiro de 2026.

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O impacto é tão significativo que o instituto compara a economia anual a um 14º salário. Para quem ganha próximo ao piso nacional do magistério, o ganho médio estimado é de R$ 5.079,84 por ano, valor que antes era retido na fonte e agora permanecerá no bolso do trabalhador.

Os números da mudança - A pesquisa, baseada em microdados da RAIS e corrigida pela inflação, mostra um salto na progressividade fiscal para a categoria:

  • Isenção Total: Aumenta de 19,7% para 51,6% dos docentes.
  • Redução de Carga: Outros 21,9% terão diminuição no valor pago (para quem ganha até R$ 7.350).
  • Beneficiados Totais: Aproximadamente 1 milhão de professores terão ganho na renda disponível.

Efeito multiplicador e diferenças regionais - De acordo com Adriano Senkevics, pesquisador do Ipea, o efeito da medida será sentido em todos os municípios brasileiros. Como os professores formam uma das maiores categorias profissionais do País, a maior renda disponível deve estimular o consumo local e a arrecadação indireta.

O impacto varia conforme o estado e o plano de carreira local:

  • Estados com maior impacto: Em Minas Gerais, Tocantins e Roraima, o índice de isentos deve saltar de 20% para 60%.
  • Distrito Federal: Mesmo com os salários mais altos do País, a proporção de isentos vai dobrar, passando de 10% para 25%.
  • Rede Privada: O efeito será ainda mais intenso proporcionalmente, com 82,2% dos professores de escolas particulares ficando isentos, contra 42,5% na rede pública.

A nova tabela entra em vigor em janeiro de 2026. Pela Lei 15.270, quem recebe até R$ 5.000 mensais terá imposto zero. Para rendimentos entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, a redução será gradual (decrescente linearmente), deixando de existir para rendas acima desse teto.

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