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21 de novembro de 2025 - 20h39
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ECONOMIA

INSS cria comitê para enfrentar fila de 2,8 milhões de pedidos de benefícios

Novo grupo estratégico atuará até 2026 para acelerar análise de aposentadorias, pensões e salário-maternidade

21 novembro 2025 - 20h15Agência Brasil
Com mais de 2,8 milhões de pedidos em análise, INSS cria comitê para acelerar concessão de benefícios.
Com mais de 2,8 milhões de pedidos em análise, INSS cria comitê para acelerar concessão de benefícios. - (Foto: INSS/Divulgação)

Com uma fila de 2,8 milhões de pedidos pendentes, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou nesta sexta-feira (21) a criação de um comitê estratégico com o objetivo de monitorar, avaliar e propor soluções para acelerar a concessão de benefícios previdenciários e assistenciais no país.

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A medida vem em resposta a um aumento de 23% no volume de novos requerimentos recebidos pela autarquia nos últimos meses, o que sobrecarregou ainda mais um sistema que já enfrentava dificuldades operacionais. A proposta do governo federal é tornar a análise mais eficiente e reduzir os gargalos que impedem o andamento dos processos.

O comitê terá prazo para atuar até 30 de junho de 2026. Segundo o INSS, uma das primeiras metas será atuar sobre os 920 mil processos que, conforme levantamento interno, podem ser resolvidos exclusivamente pela própria autarquia — sem necessidade de documentos externos.

Outros 1,9 milhão de casos, que representam a maior parte da fila, estão pendentes por fatores externos, como ausência de documentação exigida e falhas na biometria. O comitê também buscará soluções específicas para esses entraves.

Tempo médio de análise caiu, diz INSS

Apesar do crescimento da fila, o INSS afirma que o tempo médio para a concessão de benefícios caiu. Atualmente, esse tempo é de cerca de 35 dias, número inferior ao registrado em anos anteriores.

O presidente do INSS, Gilberto Waller, reconheceu os esforços feitos por servidores em mutirões para reduzir a fila e enfatizou que apenas um terço dos processos depende exclusivamente da autarquia.

“Apenas um terço da fila está sob a governabilidade direta do INSS. Os mutirões têm sido importantes, mas é preciso avançar em soluções estruturais”, afirmou Waller.

A maior parte dos pedidos na fila envolve aposentadorias, pensões, salário-maternidade e benefícios assistenciais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O alto volume reflete tanto o envelhecimento da população quanto o aumento da busca por proteção social em tempos de instabilidade econômica.

O governo espera que o novo comitê consiga propor melhorias nos fluxos de trabalho, implementar uso de novas tecnologias e, sobretudo, melhorar a comunicação com os cidadãos sobre pendências nos processos.

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