
A prévia da inflação oficial do Brasil apontou queda de 0,14% em agosto, de acordo com os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgados nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Três itens principais foram os responsáveis por frear a alta dos preços neste mês: gasolina, automóvel novo e passagens aéreas. Juntas, essas quedas contribuíram com -0,12 ponto percentual para o índice geral.
Transportes puxam a inflação para baixo
O grupo Transportes, que tem peso relevante na composição do IPCA-15, recuou 0,47% em agosto, após uma alta de 0,67% registrada em julho. A contribuição negativa do setor foi de -0,10 ponto percentual.
Entre os destaques:
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Gasolina: queda de 1,14%, com impacto de -0,06 ponto percentual;
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Automóvel novo: recuo de 1,32%, contribuindo com -0,04 ponto percentual;
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Passagens aéreas: redução de 2,59%, responsável por -0,02 ponto percentual.
Ainda dentro do segmento de combustíveis, o IBGE registrou quedas nos preços de:
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Etanol (-1,98%)
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Óleo diesel (-0,20%)
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Gás veicular (-0,25%)
No total, os combustíveis apresentaram uma queda de 1,18% no mês.
Pressões pontuais no transporte público
Na contramão do alívio nos combustíveis e veículos, houve alta nos preços do transporte público urbano, embora com impacto mais tímido no índice geral:
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Táxi: alta de 0,63%
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Ônibus urbano: aumento de 0,49%
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Metrô: avanço de 0,19%
Contexto da inflação
Com o resultado de agosto, o IPCA-15 registra a menor variação mensal do ano, e reforça a tendência de estabilidade nos preços ao consumidor. O movimento também indica que os custos de mobilidade têm ajudado a manter a inflação sob controle, mesmo em um cenário de pressão em outros grupos, como alimentação e habitação.
O dado será acompanhado de perto pelo mercado e pelo Banco Central, que utiliza o IPCA como referência para a condução da política monetária e definição da taxa básica de juros, a Selic.
