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ECONOMIA

Inflação do inverno: café e medicamentos lideram altas de preços, aponta FGV IBRE

Levantamento revela que bebidas quentes e produtos de saúde são os vilões da inflação, enquanto itens de vestuário e turismo apresentam queda nos preços

24 julho 2025 - 14h45Williams Souza
O café e o chocolate em pó são apontados como grandes responsáveis pela alta nos preços dos produtos de inverno, segundo estudo da FGV IBRE
O café e o chocolate em pó são apontados como grandes responsáveis pela alta nos preços dos produtos de inverno, segundo estudo da FGV IBRE - (Foto: GI/Getty Images)

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) revelou que os produtos consumidos principalmente no inverno tiveram uma alta de 2,82% nos últimos 12 meses, um aumento abaixo da inflação geral de 4,31%. No entanto, alguns itens, como o café em pó e o chocolate em pó, mostraram aumentos expressivos e têm se destacado como os principais vilões dessa inflação sazonal.

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O café em pó teve um aumento de 89,61% no preço em comparação ao ano passado, um impacto significativo para quem não abre mão da bebida quente durante o inverno. O chocolate em pó também registrou alta considerável de 17,92% no mesmo período. Esses aumentos são muito superiores à média dos preços dos produtos de inverno, que subiram 2,82% no total.

Os medicamentos também tiveram uma grande influência nas altas, com os antigripais e antitussígenos subindo 5,88% e os antialérgicos e broncodilatadores com aumento de 4,46%, devido ao aumento das doenças respiratórias típicas da estação fria.

Por outro lado, algumas categorias como entretenimento e turismo registraram quedas consideráveis. A passagem aérea, por exemplo, teve uma queda de 32,35% nos preços, e o setor de entretenimento recuou 14,47%. No vestuário infantil, também foram observadas quedas de preços, com destaque para os agasalhos infantis, que tiveram uma redução de 6,15%.

Matheus Dias, economista da FGV IBRE, apontou que as pressões inflacionárias concentradas em alguns produtos, como bebidas quentes e medicamentos, refletem não só fatores climáticos, mas também questões de mercado. “A alta do café em pó está ligada a problemas específicos na commodity, o que vem afetando os preços globalmente desde o ano passado”, explicou.

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