
Dados divulgados hoje (9) pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostram que a inflação em Campo Grande teve uma alta de 0,58% em setembro, bem acima do índice de agosto, que foi de apenas 0,03%. No acumulado de 2024, a inflação na Capital de Mato Grosso do Sul já chega a 3,23%, e nos últimos 12 meses, o índice alcançou 4,45%, de acordo com dados divulgados hoje.

Os dois setores que mais contribuíram para o aumento da inflação foram habitação, com um acréscimo de 2,06%, e alimentação e bebidas, que subiu 1,13%. Juntos, esses dois grupos responderam por 0,55 pontos percentuais do aumento total de 0,58%.
No caso da alimentação, os preços de alimentos consumidos em casa tiveram um salto de 1,44%, após dois meses consecutivos de queda. Produtos como mamão, com alta de 23,63%, e laranja-pera, que subiu 17,97%, lideraram a elevação nos preços. Outros itens que pesaram no bolso foram o café moído, com 8,40% de aumento, e o acém, com 7,92%. No entanto, houve quedas em produtos como a cebola (-15,55%), batata-inglesa (-8,45%) e tomate (-7,88%).
Em relação à habitação, o grande vilão foi a energia elétrica residencial, que aumentou 5,47% em setembro devido à vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1. Além da energia, subiram também os preços de material hidráulico (1,74%) e gás de botijão (1,18%).
Outros grupos monitorados - O grupo de saúde e cuidados pessoais registrou uma leve alta de 0,30%, puxada pelo aumento nos exames de imagem (3,04%) e produtos como papel higiênico (2,74%). Por outro lado, itens como óculos de grau (-3,70%) e fraldas descartáveis (-2,98%) tiveram queda.
Já o grupo de transportes ficou quase estável, com uma variação de apenas 0,03%. Entre as principais quedas estão o conserto de automóveis (-0,82%) e as passagens de ônibus interestaduais (-1,63%), enquanto as passagens aéreas subiram 7,12%, o maior aumento dentro desse grupo.
Vestuário, por sua vez, registrou uma leve queda de 0,24%, influenciada pela redução nos preços de calçados e acessórios (-1,59%), como tênis (-2,33%) e sapatos femininos (-2,66%). Em contrapartida, itens como joias (1,79%) e calças femininas (2,15%) tiveram alta.
