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24 de novembro de 2025 - 10h24
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INFLAÇÃO

Inflação de 2025 deve encerrar abaixo do teto da meta, aponta Boletim Focus

IPCA projetado em 4,46% fica dentro da margem de tolerância; PIB deve crescer 2,16%, segundo mercado

24 novembro 2025 - 10h15
Projeção do mercado indica inflação controlada para 2025, segundo Banco Central
Projeção do mercado indica inflação controlada para 2025, segundo Banco Central - (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

As projeções do mercado financeiro para a inflação oficial de 2025 recuaram pela segunda semana seguida e indicam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 4,46%, abaixo do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%. Os dados constam no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central.

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A meta central de inflação para o ano é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O resultado previsto sugere um cenário de controle, embora ainda acima do centro da meta.

A nova estimativa reflete a desaceleração dos preços observada em outubro, quando o IPCA teve variação de apenas 0,09% — o menor índice para o mês desde 1998, segundo o IBGE. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 4,68%, rompendo pela primeira vez em oito meses o patamar de 5%.

Há quatro semanas, a previsão para o IPCA de 2025 era de 4,56%. A estimativa para 2026 também caiu, passando de 4,21% para 4,18%. Para 2027, o mercado projeta inflação de 3,80%.

PIB segue estável em 2,16% - As expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) continuam estáveis. O mercado prevê que a economia brasileira crescerá 2,16% em 2025 — mesmo patamar apontado nas últimas semanas. Para os anos seguintes, a projeção é de alta de 1,78% em 2026 e 1,88% em 2027.

Juros continuam altos e BC não descarta alta da Selic - Mesmo com a queda na inflação, o Banco Central ainda mantém a taxa Selic em 15% ao ano — patamar considerado elevado. Esta é a terceira reunião consecutiva em que o Comitê de Política Monetária (Copom) decide manter a taxa.

Segundo o BC, a decisão leva em conta a inflação ainda acima do centro da meta e um ambiente externo incerto, com influência da política econômica dos Estados Unidos sobre as condições financeiras globais.

O Copom também afirmou que pode voltar a subir os juros, se julgar necessário. Apesar disso, o Boletim Focus aponta para uma queda da Selic a partir de 2026, com estimativa de 12% (ante os 12,25% previstos anteriormente). Para 2027, a expectativa permanece em 10,50%.

A taxa Selic é usada como principal instrumento para conter a inflação. Juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, reduzindo a demanda. No entanto, também podem frear o crescimento da economia.

Dólar deve fechar 2025 cotado a R$ 5,40 - As projeções para o câmbio também seguem estáveis. O mercado espera que o dólar feche 2025 em R$ 5,40. Para 2026 e 2027, a estimativa é de R$ 5,50.

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