
O custo de vida em Campo Grande caiu ligeiramente em outubro. Segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou queda de 0,08% no mês. Essa é a primeira deflação desde junho e contrasta com os 0,55% de alta observados em setembro.
A redução foi puxada principalmente por quedas nos preços dos transportes, alimentação, habitação e cuidados pessoais. Na outra ponta, o vestuário foi o grupo que mais subiu.
O setor de transportes foi o que mais contribuiu para o recuo da inflação, com queda de 0,59%. O principal fator foi a redução nos custos de conserto de automóveis (-2,91%) e do seguro de veículos. A gasolina também ficou mais barata, com recuo de 0,45%.
Na conta de luz, a mudança da bandeira tarifária vermelha 2 para a vermelha 1, mais barata, reduziu em 0,83% o custo da energia elétrica residencial. Isso ajudou a empurrar para baixo o grupo Habitação, que caiu 0,16% no mês.
A alimentação no domicílio teve queda de 0,31%, puxada por produtos como arroz (-5,30%) e frango (-1,71%). Por outro lado, a alimentação fora de casa ficou mais cara. Refeições em restaurantes subiram 0,53%, influenciando uma leve alta de 0,26% no grupo.
Depois de três meses seguidos de alta, o grupo Saúde e cuidados pessoais teve leve queda de 0,11%. O recuo veio de itens como sabonete e produtos para cabelo, apesar de aumentos em consultas médicas e óculos de grau.
O grupo Comunicação também seguiu em queda, com -0,33%, influenciado pela redução no preço de aparelhos telefônicos.
O único grupo com aumento expressivo foi Vestuário, que subiu 1,50%. As maiores altas vieram de roupas infantis. Já o grupo Educação manteve tendência de alta, com variação de 0,12%, é o 11º mês seguido de crescimento nos preços.
Com os dados de outubro, a inflação acumulada em Campo Grande chega a 2,74% em 2025. Nos últimos 12 meses, o índice é de 3,83%, abaixo dos 4,64% registrados no período anterior.
No cenário nacional, o IPCA ficou em 0,09% no mês, o menor índice para outubro desde 1998.

