O comércio de Campo Grande ainda não tem horário especial definido para o período natalino devido ao impasse entre sindicatos de empregados e empregadores. Na manhã desta terça-feira (03), mais uma rodada de negociações terminou sem consenso, com divergências principalmente sobre a compensação salarial dos comerciários.
O presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande (SECCG), Carlos Santos, afirmou que a falta de acordo está relacionada à resistência dos empregadores em corrigir os salários com base na inflação e conceder um aumento real. “Os comerciários desempenham um papel essencial para o sucesso das empresas, e isso precisa ser reconhecido com uma remuneração justa,” declarou Santos.
Carlos Santos, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande (SECCG)
Sem a definição da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT/2025), o comércio não pode operar em horários estendidos, prática comum na época natalina. O SECCG sugere que, caso o impasse persista, cada estabelecimento negocie individualmente com o sindicato laboral para ajustar o funcionamento.
O presidente do SECCG enfatizou que a situação prejudica os trabalhadores e também os consumidores. “Os horários restritos limitam as possibilidades de compra e atrapalham a dinâmica do comércio, que é essencial para a economia local durante o período mais movimentado do ano,” explicou.
Enquanto isso, a categoria se mantém firme em buscar condições de trabalho dignas, com reajustes salariais adequados. “Queremos uma solução que seja equilibrada e beneficie todas as partes,” finalizou Santos.
As negociações devem continuar nos próximos dias, mas sem um prazo definido para resolução. Para os consumidores de Campo Grande, o momento exige paciência, já que as tradicionais compras de fim de ano podem ser impactadas caso o comércio não consiga operar em horários diferenciados.
Nos anos anteriores, entre os dias 12 e 23 de dezembro, o horário para compras foi expandido até às 22h. E no dia 24, véspera de Natal, o comércio ficou aberto até 17h.
