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COMÉRCIO

"Tarifaço" dos EUA rearranja rota de exportações brasileiras

Apesar da retração nas exportações para os EUA, setores como carne, café, madeira e fumo têm registrado desempenho positivo em mercados alternativos

14 outubro 2025 - 09h05Redação
Tarifaço de Trump provoca mudanças de mercados e na estrutura da pauta de exportações estadao
Tarifaço de Trump provoca mudanças de mercados e na estrutura da pauta de exportações estadao - (Crédito: Wenderson Araujo/Divulgação)
Terça da Carne

O imposto elevado imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros vem forçando mudanças na pauta comercial do Brasil, aponta o Icomex/FGV, em relatório divulgado nesta terça-feira (14). Enquanto as vendas para os EUA caem, exportadores intensificam esforços para compensar em outros mercados.

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Apesar da retração nas exportações para os EUA, setores como carne, café, madeira e fumo têm registrado desempenho positivo em mercados alternativos. Em setembro de 2025, as exportações brasileiras cresceram 7,2% em valor e 9,6% em volume, em comparação a setembro de 2024. Já as importações avançaram 17,7% em valor e 16,2% em volume. No acumulado de janeiro a setembro, o Brasil exportou 3,5% a mais em volume, enquanto as importações subiram 9,4%.

Com isso, o saldo comercial de setembro fechou com superávit de US$ 3,0 bilhões, resultando num acumulado de US$ 45,5 bilhões até setembro — valor US$ 13,2 bilhões inferior ao mesmo período de 2024.

O relatório destaca que o crescimento das exportações para a Argentina (+22,0%), China (+15,0%) e União Europeia (+5,7%) puxou o avanço em volume no mês. No acumulado do ano, as remessas para a Argentina bateram alta de 48,9%, enquanto para a China cresceram 5,8%.

Por outro lado, os Estados Unidos — que representaram 8,4% das exportações em setembro — registraram queda de 19,1% no volume mensal e recuo de 0,8% no acumulado. O relatório observa que parte dessa retração foi compensada pelo aumento nas vendas para a China, mas que o desequilíbrio comercial permanece.

O documento também aponta que, desde julho, exportações crescentes para outras regiões — Ásia (excluindo China), América do Sul (excluindo Argentina) e México — indicam que o Brasil tem buscado reajustar suas rotas para driblar perdas com o mercado estadunidense.

“Embora o panorama atual ainda seja de transição, esse cenário pode se alterar se as negociações entre Brasil e EUA avançarem para um desfecho favorável”, avalia o Icomex. O estudo ressalta que a assimetria nas trocas dificulta acordos equilibrados, especialmente para o Brasil.

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