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Ibovespa sobe 0,81% e se aproxima da máxima histórica com otimismo sobre corte de juros nos EUA

Índice da B3 chegou aos 141 mil pontos com melhora em Nova York e expectativa positiva para o payroll norte-americano

4 setembro 2025 - 18h15Luís Eduardo Leal
Ibovespa sobe 0,81% e se aproxima da máxima histórica com otimismo sobre corte de juros nos EUA.
Ibovespa sobe 0,81% e se aproxima da máxima histórica com otimismo sobre corte de juros nos EUA. - (Foto: Envato Elements)
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O Ibovespa encerrou esta quinta-feira (4) em alta de 0,81%, aos 140.993,25 pontos, impulsionado pelo otimismo global com a possibilidade de corte de juros nos Estados Unidos. Com a recuperação observada nas bolsas de Nova York ao longo da tarde, o principal índice da B3 chegou a atingir os 141.481,83 pontos no intradia, voltando a se aproximar da máxima histórica registrada na última sexta-feira (30), na casa dos 142 mil pontos.

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O movimento positivo veio após três pregões consecutivos de queda e foi alimentado pela expectativa de que os dados de emprego dos EUA, que serão divulgados nesta sexta-feira (5), reforcem a desaceleração da economia norte-americana e abram espaço para um ciclo de corte de juros por parte do Federal Reserve (Fed) ainda neste mês.

"O otimismo decorreu de dados mais fracos do mercado de trabalho dos EUA. O relatório ADP mostrou criação de vagas abaixo do esperado e os pedidos de seguro-desemprego aumentaram. Isso reforça a leitura de que o Fed pode iniciar a redução dos juros agora em setembro", explica Marcelo Boragini, especialista da Davos Investimentos.

Além do relatório ADP, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, sinalizou um cenário mais brando para os juros em evento no Clube Econômico de Nova York. Williams afirmou que os riscos de desaquecimento no mercado de trabalho cresceram e que, se o ritmo atual de desaceleração continuar, será adequado reduzir gradualmente a taxa de juros para um patamar mais neutro.

A fala contribuiu para a recuperação dos mercados, com os principais índices de Wall Street fechando em alta: Dow Jones (+0,77%), S&P 500 (+0,80%) e Nasdaq (+0,98%).

O ambiente mais favorável ao risco refletiu diretamente no Ibovespa, que apresentou desempenho superior a outros mercados emergentes. "Houve uma alta generalizada dos papéis do ciclo doméstico e do setor financeiro, com a curva de juros local mostrando acomodação. Isso favoreceu ativos que vinham pressionados desde o início do ano", comenta Thiago Lourenço, operador da Manchester Investimentos.

Entre os destaques positivos do dia estiveram ações de educação e infraestrutura: Yduqs (+6,33%), Cogna (+6,32%) e Cosan (+5,93%). Já entre os poucos papéis que fecharam em queda, apareceram Brava (-1,66%), WEG (-1,59%) e Pão de Açúcar (-1,30%).

No setor financeiro, Bradesco teve ganhos expressivos (ON +2,13%, PN +2,00%), enquanto Vale ON subiu 0,20%. A Petrobras fechou com desempenho misto: ON avançou 0,48% e PN encerrou estável.

Ao todo, 71 das 84 ações da carteira Ibovespa terminaram o dia no campo positivo.

No plano político, agentes de mercado também acompanham os movimentos em torno de possíveis candidaturas para 2026. "Há uma expectativa crescente de que uma alternativa fiscalista de centro-direita se consolide para o próximo ciclo eleitoral. Isso poderia representar um ambiente mais previsível para a trajetória da dívida pública no médio prazo", analisa Lourenço.

O volume financeiro negociado na B3 nesta quinta foi de R$ 18,1 bilhões, em linha com o comportamento mais cauteloso dos investidores à espera do payroll dos EUA.

No acumulado do ano, o Ibovespa registra alta de 17,22%. No entanto, o índice ainda acumula leve queda de 0,30% tanto na semana quanto no mês de setembro.

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