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ECONOMIA

Ibovespa cai abaixo de 137 mil, com leve perda no dia e na semana

Principal índice da bolsa brasileira recuou 0,18% na semana e 0,12% no mês de junho

27 junho 2025 - 17h30Luís Eduardo Leal
Ibovespa
Ibovespa - (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa chegou a ensaiar leve alta na máxima do dia (137.208,57), pouco acima da estabilidade no começo da tarde, mas se inclinou mesmo a uma pequena perda nesta penúltima sessão do mês - tanto no dia, como na semana e também em junho. Nesta sexta-feira, o índice da B3 cedeu 0,18%, aos 136.865,79 pontos, saindo de abertura aos 137.112,88 e tocando, no piso da sessão, os 136.468,56 pontos.

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Fraco, o giro desta sexta-feira ficou em R$ 16,5 bilhões. Na semana, o Ibovespa recua 0,18%, vindo de virtual estabilidade (-0,07%) na anterior - e de ganho de 0,82% na que havia precedido o intervalo mais recente. Em junho, o índice cai 0,12%, com ganho no ano preservado a 13,79%.

Nesta sexta-feira, com o minério de ferro em alta de cerca de 2% em Dalian, na China, e de mais de 1% em Cingapura, Vale ON, a principal ação da carteira teórica, foi destaque quase solitário entre as blue chips, em alta de 1,92% no fechamento da B3. Petrobras ON e PN, por sua vez, cederam 1,23% e 0,79%. Entre os grandes bancos, BB ON foi a exceção positiva, em alta de 0,60%, assim como Bradesco PN (+0,12%).

Na ponta ganhadora do índice, à frente de Vale, apenas Engie (+4,24%) e Pão de Açúcar (+2,01%) - destaque também para Marcopolo (+1,68%) e Localiza (+1,35%). No lado oposto, Vamos (-6,56%), Brava (-3,59%) e Cosan (-2,46%).

"O Ibovespa operou hoje entre perdas e ganhos, mas a tendência de baixa se firmou em uma sexta típica, de menor liquidez. Curva de juros tem mostrado sinais mistos, mas havia uma certa tendência de elevação na parte estrutural. Dados de inflação favoráveis, com desaceleração de ritmo em 12 meses, contribuíram nesta semana para uma queda em especial nos vencimentos intermediários. E o dólar tem caído para o menor nível global em três anos, com especulações em torno do futuro do Fed uma vez que o governo Trump faça substituições, especialmente com relação a Jerome Powell", diz Bruna Centeno, economista, sócia e advisor na Blue3 Investimentos.

Por aqui, a moeda norte-americana encerrou o dia em baixa de 0,29%, a R$ 5,4829, acumulando até aqui retração de 4,14% no mês - na semana, cedeu 0,76%.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, evitou nesta sexta cravar um prazo final para o anúncio de acordos com parceiros comerciais sobre as novas políticas tarifárias. Em coletiva de imprensa à tarde, o republicano afirmou que está no processo de fechar mais acordos e reiterou críticas ao presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, pedindo novos cortes de juros para apoiar a economia e as finanças públicas.

Ao ser questionado, Trump disse que "9 de julho não é uma data final para os acordos" e ressaltou que o governo possui a liberdade de ajustá-la como preferir. "Pode ser depois, mas também pode ser antes. Eu adoraria que fosse antes e somente mandaria cartas para todos dizendo 'você tem que pagar 25%'", afirmou.

O presidente evitou comentar relatos de que a data poderia ser estendida até o Dia do Trabalho dos EUA, em 1º de setembro.

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