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22 de setembro de 2025 - 17h10
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POLÍTICA ECONÔMICA

Presidente da Câmara vê espaço para negociação em MP que compensa alta do IOF

Hugo Motta afirma que relator Carlos Zarattini está aberto a ajustes no texto e conversa com setores da economia

22 setembro 2025 - 14h25Naomi Matsui e Victor Ohana
Presidente da Câmara, Hugo Motta, sinalizou abertura para ajustes em MP sobre compensações do IOF.
Presidente da Câmara, Hugo Motta, sinalizou abertura para ajustes em MP sobre compensações do IOF. - Marina Ramos / Câmara dos Deputados
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta segunda-feira (22) que há disposição por parte do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), relator da medida provisória que trata de compensações à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), para negociar alterações no texto e viabilizar sua aprovação. A declaração foi feita durante o evento Macro Day, promovido pelo banco BTG Pactual, em São Paulo.

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"O que tenho percebido do relator é que ele está disposto a fazer algumas mudanças, em acordo com o governo e com o Ministério da Fazenda, para viabilizar aprovação de seu relatório", disse Motta. Ele destacou, no entanto, que ainda é preciso aguardar a apresentação oficial do parecer. "Tive conversa informal com Zarattini. Temos que aguardar o que ele trará de novidades."

Comissão especial discute alternativas

A medida provisória ainda está sendo discutida em comissão especial no Congresso e busca estabelecer fontes de compensação para a elevação do IOF — um tributo que incide sobre operações de crédito, câmbio, seguros e investimentos. A proposta tem gerado preocupações em diferentes setores da economia, que temem o impacto de novas cargas tributárias.

Segundo Motta, Zarattini tem se mostrado "sensível" aos efeitos da proposta e tem mantido diálogo com representantes de segmentos afetados. A expectativa é que o relatório seja finalizado nos próximos dias e levado ao colégio de líderes para debate mais amplo.

Texto deve excluir debêntures incentivadas

Entre as alterações que já foram antecipadas pelo relator está a retirada da tributação sobre debêntures incentivadas — títulos de dívida emitidos por empresas para financiar projetos de infraestrutura e que atualmente contam com benefícios fiscais. A medida visa preservar os investimentos no setor e evitar efeitos colaterais sobre o financiamento de obras públicas e privadas.

A apresentação do texto final será determinante para a definição de uma data de votação. Motta evitou se comprometer com um cronograma antes de conhecer a versão consolidada do relatório.

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