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22 de setembro de 2025 - 17h16
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ECONOMIA E CONGRESSO

Hugo Motta critica juros altos e diz que governo evita cortar gastos

Presidente da Câmara defende debate sobre despesas obrigatórias e afirma que país poderia crescer mais com política fiscal mais rígida

22 setembro 2025 - 14h35Naomi Matsui e Victor Ohana
Presidente da Câmara, Hugo Motta, disse que Brasil poderia crescer mais com juros mais baixos e corte de gastos.
Presidente da Câmara, Hugo Motta, disse que Brasil poderia crescer mais com juros mais baixos e corte de gastos. - (Foto: Lula Marques/EBC)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou nesta segunda-feira (22) a manutenção dos juros em níveis elevados e a falta de empenho do governo federal para conter gastos públicos. Em sua avaliação, o Brasil estaria crescendo mais, com um câmbio mais controlado, se houvesse uma gestão fiscal mais austera.

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"Se estivéssemos com os juros mais baixos, o Brasil estaria voando, porque temos um cenário que é favorável para nós. Se tivéssemos, na condução da política econômica, uma preocupação com gasto, não tenho dúvida que o dólar estaria bem mais baixo, teríamos condição de crescer até mais do que vamos crescer", afirmou Motta durante o evento Macro Day, promovido pelo banco BTG Pactual, em São Paulo.

O deputado também afirmou que o Congresso está disposto a discutir o corte de despesas, mas ponderou que o governo atual “não é conhecido” por adotar essa política.

"O corte de gastos não é o forte da política do governo. Isso está muito claro. O governo sempre procurou recompor a arrecadação aumentando a sua faixa de arrecadação, subindo alguns tributos", declarou.

Despesas obrigatórias no centro do debate

Motta alertou que, se nada for feito, as despesas obrigatórias continuarão comprimindo o orçamento da União, impedindo que o governo implemente novas políticas públicas. Ele defendeu que essa discussão precisa ser feita, independentemente de quem vença a próxima eleição presidencial.

"Caminhamos, se algo não for feito, para que quem vier a ser o próximo presidente da República, inclusive podendo ser a reeleição de Lula, tenha que rediscutir as despesas obrigatórias. Elas têm crescido exponencialmente e têm imprensado muito o que é discricionário. Daqui a pouco, o presidente da República não pode instituir nenhuma política pública nova, porque não tem orçamento", explicou.

Emendas parlamentares e críticas a generalizações

O presidente da Câmara também defendeu a manutenção das emendas parlamentares, mas disse não ter objeção a cortes desde que atingam todos os poderes de forma proporcional.

"Se for para ter uma discussão geral sobre cortes, cortar do Judiciário e Executivo, também se pode cortar orçamento do Legislativo. Não tenho preconceito com isso", afirmou.

Sobre as críticas ao uso de emendas, Motta minimizou denúncias de irregularidades. "Tem problemas com emendas? Tem. Como tem em todos os lugares. Não pode generalizar, porque tem um parlamentar que comete um malfeito, que os outros 512 fazem isso", completou.

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