
As exportações de Mato Grosso do Sul alcançaram quase US$ 10 bilhões em 2024, o segundo maior valor da série histórica. A China continua soberana: comprou sozinha 45,4% de tudo o que saiu do Estado. Mas, se os holofotes estão voltados para o gigante asiático, há movimentos discretos que mudam o desenho do comércio exterior sul-mato-grossense.

No meio da lista aparecem Países Baixos (Holanda), Indonésia e Itália. Em conjunto, responderam por pouco mais de 10% das vendas externas. A Holanda ficou com US$ 492,8 milhões em produtos sul-mato-grossenses, 4,9% do total. A Indonésia levou US$ 282,5 milhões e a Itália, US$ 280,4 milhões, ambas com 2,8%.
O detalhe não está apenas no tamanho das fatias, mas no ritmo de crescimento. Segundo dados do ComexStat/MDIC, organizados pela ApexBrasil, o aumento médio anual desde 2020 foi de 23,7% para a Holanda, 34,4% para a Indonésia e 15,2% para a Itália .
O cardápio é conhecido: soja (28,7%), celulose (26,6%) e carne bovina (12,2%) concentraram mais de dois terços do valor exportado . Mas o avanço desses três destinos sinaliza algo maior: a diversificação dos mercados de Mato Grosso do Sul, que em 2024 contou com 215 empresas exportadoras .
Holanda, Indonésia e Itália não estão na ponta do ranking, mas representam um caminho de prospecção. Mostram que o Estado pode se mover além da dependência da China e dos Estados Unidos, que juntos somam mais de 50% da pauta.
