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MEDIDAS DE APOIO A ECONOMIA

Haddad diz que medidas vão atenuar impacto inicial do tarifaço

Ministro da Fazenda diz que setores como soja e algodão podem ser afetados por pressão externa dos EUA e medidas de flexibilização de compras governamentais estão no radar

13 agosto 2025 - 13h25Giordanna Neves, Flávia Said, Gabriel de Sousa, Lavínia Kaucz e Victor Ohana
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala sobre as medidas do governo para apoiar o setor produtivo e atenuar o impacto do tarifaço.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala sobre as medidas do governo para apoiar o setor produtivo e atenuar o impacto do tarifaço. - Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 13, que as medidas de apoio ao setor produtivo afetado pelo tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos, que serão anunciadas ainda hoje, ajudarão a atenuar o impacto inicial. No entanto, ele ressaltou que o governo continuará monitorando o comportamento do mercado, principalmente de setores que ainda não estão sendo afetados diretamente, mas podem sofrer as consequências de decisões externas, como a exportação de soja e algodão.

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"Há setores que não estão no radar hoje, mas que podem vir a entrar no radar em função de uma agressividade muito grande", declarou o ministro. Ele destacou o exemplo da pressão dos Estados Unidos sobre a China para aumentar a demanda por soja norte-americana. Dado que o Brasil é um dos maiores exportadores de soja do mundo, o impacto dessa situação pode afetar diretamente a economia brasileira.

Entre as medidas previstas no plano de contingência, Haddad citou a flexibilização nas compras governamentais, permitindo que a União e os entes federativos adquiram produtos que foram afetados pelo tarifaço, e que podem ter suas exportações reduzidas. O ministro também mencionou o Reintegra, um programa que devolve parte do tributo pago sobre as mercadorias exportadas.

"Como a reforma tributária ainda não está em vigor, temos resíduo de impostos que são exportados e isso encarece a mercadoria. Se o exportador tem a garantia de receber parte disso como crédito tributário, ele consegue baratear o seu produto e enfrentar uma concorrência internacional mais acirrada", disse Haddad.

Ele ressaltou, no entanto, que o Reintegra perderá sua eficácia no final de 2026, quando todos os exportadores estarão isentos de impostos, o que altera a dinâmica de como o sistema de exportações funcionará a partir desse período.

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