
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (13) que o pacote de medidas anunciado pelo governo federal para atenuar os impactos do aumento de tarifas dos Estados Unidos pode ser ampliado para contemplar outros setores da economia.

Durante cerimônia no Palácio do Planalto para o lançamento da Medida Provisória Brasil Soberano, Haddad citou os setores de algodão e soja como potenciais beneficiários. “Em função de uma agressividade muito grande da exportação desses produtos por parte dos EUA, que está impondo compras a outros países, isso pode acarretar problemas internos no Brasil”, disse.
Segundo o ministro, o governo está atento às mudanças no comércio internacional. “Temos que estar muito atentos ao que está acontecendo no Brasil e no exterior para conseguirmos acomodar o setor produtivo brasileiro”, afirmou.
A MP Brasil Soberano é uma resposta do governo à sobretaxa de até 50% aplicada por Washington sobre produtos brasileiros. O pacote é dividido em dois eixos principais:
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Crédito para exportações: o Fundo Garantidor das Exportações (FGE) contará com recursos públicos para financiar, com juros reduzidos, empresas impactadas pelas tarifas, incluindo micro e pequenas exportadoras;
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Seguro para exportadores: o setor de seguros voltado ao comércio exterior será reforçado, com apoio de fundos garantidores, para ampliar a cobertura e garantir estabilidade às operações.
Haddad explicou que as ações anunciadas funcionarão como um plano emergencial até que a reforma tributária, prevista para ser implementada em 2027, esteja consolidada. “Conversamos com os setores mais afetados pelo tarifaço e procuramos fazer uma combinação de medidas que possam oferecer suporte estrutural”, afirmou.
O governo afirma que as medidas são voltadas à preservação de empregos e da competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.
