
O dólar bateu recordes consecutivos, fechando nesta quarta-feira (18) em R$ 6,09 após atingir R$ 6,20 durante a tarde. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mantém a confiança de que a moeda norte-americana deve se estabilizar em breve. Segundo o ministro, a oscilação é reflexo de incertezas econômicas, mas o Brasil possui mecanismos sólidos para conter movimentos especulativos.

“Temos um câmbio flutuante e um cenário de incerteza que faz o dólar subir, mas acredito que ele vai se acomodar”, afirmou Haddad. Apesar de não descartar uma especulação coordenada, ele reiterou o papel do Banco Central e do Tesouro Nacional, que têm atuado com intervenções no mercado para conter a volatilidade. “Esses movimentos mais especulativos são coibidos com as ferramentas que temos”, completou.
A fala do ministro ocorre em um momento de intensa movimentação econômica no país. Haddad reforçou a importância do pacote fiscal em análise no Congresso, que inclui medidas para controlar os gastos obrigatórios e equilibrar as contas públicas. A expectativa é que as votações sejam concluídas até sexta-feira (20), permitindo que o Orçamento de 2025 seja aprovado ainda este ano.
“Se aprovadas as medidas fiscais, terminaremos o ano com uma agenda muito positiva”, disse o ministro, que vê as propostas como essenciais para reforçar a confiança no Brasil.
A regulamentação da Reforma Tributária, aprovada na terça-feira (17), também foi destacada como um avanço histórico. Haddad acredita que as novas regras simplificarão o sistema tributário e ajudarão no crescimento econômico sustentável.
No curto prazo, entretanto, o foco é no controle do dólar e dos juros. “Precisamos olhar para o curto prazo, mas sem perder de vista as medidas estruturais que garantirão um futuro melhor para a economia brasileira”, concluiu Haddad.
