O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 25, que o Congresso Nacional está discutindo projetos que, se aprovados, poderão dar "ainda mais impulso, mais transparência e mais garantias" para o barateamento de crédito no Brasil. A declaração foi feita durante o lançamento de uma nova linha de crédito para a Indústria 4.0, com financiamento de R$ 10 bilhões do BNDES e R$ 2 bilhões do Finep, na cerimônia realizada no Palácio do Planalto.
Haddad destacou que a maior parte das propostas que estão tramitando no Congresso têm o objetivo de promover uma infraestrutura de serviços financeiros que facilite o acesso ao crédito para empresas e cidadãos. O ministro também mencionou o projeto de inteligência artificial (IA), que já foi aprovado pelo Senado e precisa ser aperfeiçoado na Câmara. "Esse projeto vai alavancar investimentos no Brasil", afirmou.
O ministro também citou o Regime Especial para Data Centers (ReData), que está em fase de análise e pode gerar grandes investimentos no País. Segundo ele, a medida busca garantir a soberania digital, permitindo que dados brasileiros sejam processados no Brasil.
Haddad comentou sobre o ritmo da votação dos projetos, afirmando que é possível acelerar o andamento das propostas. Ele afirmou que o primeiro semestre deste ano teve baixa capacidade legislativa, mas observou que os presidentes da Câmara e do Senado se comprometeram a intensificar a entrega de projetos no segundo semestre.
O ministro ressaltou que o governo tem adotado uma postura inovadora para reverter as dificuldades enfrentadas pela indústria brasileira. Ele mencionou o enfraquecimento de políticas públicas nos últimos anos, destacando que o País não enfrentou o "maior desafio de todos" para a indústria: a reforma tributária. Haddad também falou sobre a “sabotagem” à tramitação da PEC 45, mas comemorou a aprovação da maior reforma tributária da história do Brasil, aprovada no primeiro ano do governo Lula.
Haddad elogiou o trabalho do BNDES, que, sob a liderança de Aloizio Mercadante, tem recuperado prestígio após anos de dificuldades. Ele ressaltou o papel do banco na retomada de políticas públicas que favoreçam o desenvolvimento da indústria, como as debêntures incentivadas, os fundos como o Fundo Clima e a depreciação acelerada.
"Estamos colocando vários instrumentos de volta na nossa caixa de ferramentas para fazer a indústria avançar. Esse é mais um passo. Pode parecer pequeno, mas é parte de um conjunto de medidas muito expressivo", afirmou Haddad.
A nova linha de crédito voltada para a Indústria 4.0, com um total de R$ 12 bilhões em financiamento, será um dos instrumentos mais importantes para impulsionar a modernização da indústria brasileira. O recurso visa apoiar empresas que investem em inovação tecnológica e automação, essenciais para o crescimento do setor no futuro.
